BRASÍLIA. O Supremo Tribunal Federal (STF) informou que teve sistemas afetados pelo apagão cibernético global na madrugada desta sexta-feira (19). Por meio de uma nota publicada às 11h03, a Corte esclareceu que os principais serviços que tiveram registro de falhas tinham sido restabelecidos ainda no início da manhã.

“Por volta das 7h, o portal do STF foi restabelecido. Os sistemas judiciais e os principais sistemas administrativos já estão funcionando adequadamente. Serviços de apoio, principalmente utilizados pelo público interno, ainda estão sendo reativados. Assim que tudo estiver completamente normalizado, o público externo e o público interno que utilizam os serviços do STF serão comunicados”, informou.

A falha foi identificada em um dos sistemas utilizados pela Suprema Corte e informada pela empresa CrowdStrike, fabricante do software. O Superior Tribunal de Justiça (STF) e o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não foram atingidos.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República emitiu um alerta e esclareceu que a CrowdStrike identificou o problema e que, até o momento, somente sistemas Microsoft Windows foram afetados. Segundo o GSI, o Centro de Prevenção, Tratamento e Resposta a Incidentes Cibernéticos de Governo (CTIR Gov) acompanha as atualizações do caso.

A empresa é especializada em segurança cibernética e inteligência de ameaças e faz a proteção dos serviços como bancos companhias aéreas e emissoras de TV, entre outros. A empresa foi fundada e 2011 e é uma das principais na área de proteção digital no mundo.

O apagão pode ter sido causado por uma atualização em um software da Crowdstrike. "Crowdstrike está trabalhando ativamente com seus clientes impactados por um defeito encontrado numa única atualização para servidores Windows. Servidores Mac e Linux não foram afetados; Isto não foi um incidente de segurança nem um ciberataque. O problema foi identificado, isolado, e o processo para consertá-lo está em andamento", disse o CEO da empresa, George Kurz.

Em todo o mundo, registros apontam milhares de computadores com Windows que com falha de sistema ao serem inicializados. No Brasil, os primeiros relatos têm a ver com instabilidades em instituições financeiras. Algumas companhias aéreas estão tendo que realizar check-ins de forma manual e atrasos e voos estão atrasados ou cancelados.  

Aeroportos também tiveram os trabalhos paralisados. O Serviço Nacional de Saúde (NHS) do Reino Unido enfrentou uma interrupção nos sistemas utilizados para consultas médicas e gerenciamento de registros de pacientes. Na Austrália, empresas de mídia, bancos e telecomunicações sofreram interrupções.