BRASÍLIA - A Polícia Federal (PF) prendeu, na manhã deste sábado (17), Renato Duque, ex-diretor de serviços da Petrobras. Ele estava foragido da Justiça desde 12 de julho. Havia contra ele um mandado de prisão definitiva por ter sido condenado a 39 anos, dois meses e 20 dias de reclusão em regime fechado.
A decisão é da Justiça Federal do Paraná, que condenou Duque por corrupção e lavagem de dinheiro, no âmbito da Operação Lava Jato. O foragido, de 69 anos, foi encontrado em uma casa de Volta Redonda (RJ). Ele foi encaminhado ao sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da Justiça.
Renato Duque já tinha sido preso preventivamente em 2014. À época, ele foi levado para o Complexo Médico-Penal, em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Seis anos depois foi solto graças à concessão do benefício de liberdade provisória com o uso de tornozeleira eletrônica.
Duque recebeu a primeira sentença em 2015, durante a 10ª fase da Lava Jato. Ele foi condenado a 20 anos e 8 meses de prisão por associação criminosa. Em menos de um ano, ele foi mais uma vez condenado, por corrupção passiva e lavagem de dinheiro: 20 anos de prisão, três meses e 10 dias, inicialmente, em regime fechado. A decisão aconteceu durante a 14ª fase da Lava Jato.
Um dos principais alvos da Lava Jato, Duque foi condenado em mais de 10 processos cujas penas somam 98 anos, 11 meses e 25 dias. Considerados os descontos relativos a detrações e remições, resta o cumprimento de pena de 39 anos, dois meses e 20 dias em regime fechado.
Desde sua primeira prisão, ele respondeu aos processos e recorreu das sentenças que o condenaram. No entanto, a decisão da JFPR do mês passado transitou em julgado — ou seja, é definitiva.