BRASÍLIA - Em publicação no X neste domingo (10/8), Jason Miller, conselheiro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, citou Jair Bolsonaro (PL) e afirmou que “não vai parar” até que o ex-presidente brasileiro “esteja livre”.
“Para deixar claro: não vou parar, não vou desistir, não vou ceder, até que o presidente Jair Bolsonaro esteja livre”, postou em sua conta oficial. Miller escreveu a mensagem ao responder outra publicação que dizia que “é mais importante o impeachment de Moraes do que libertar Bolsonaro”.
To be clear, I will not stop, I will not quit, I will never give in, until President @jairbolsonaro is free!!! 👊🇧🇷 https://t.co/oqm2mXimYU
— Jason Miller (@JasonMiller) August 10, 2025
Um dos comentários na postagem foi de Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que reagiu com bandeiras do Brasil e dos EUA.
A publicação deste domingo de um representante do governo Trump ocorre um dia após a manifestação de outro integrante, o vice-secretário do Departamento de Estado do governo norte-americano, Christopher Landau.
No sábado (9/8), ele citou o Brasil e disse que “um único juiz do STF usurpou o poder ditatorial ao ameaçar líderes dos outros poderes, ou suas famílias, com detenção, prisão ou outras penalidades”.
Sem citar nominalmente o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, Landau fez referência às decisões determinadas por ele nos últimos meses. “Essa pessoa destruiu a relação histórica de proximidade entre Brasil e os Estados Unidos ao tentar, entre outras coisas, aplicar extraterritorialmente a lei brasileira para silenciar indivíduos e empresas em solo americano”, disse.
Na publicação feita em sua conta no X, o vice-secretário afirmou que a “situação é sem precedentes e anômala, justamente porque essa pessoa veste uma toga judicial”. A mensagem foi repostada pelo perfil oficial no X da embaixada dos Estados Unidos no Brasil em português.
No dia 30 de julho, os Estados Unidos incluíram Moraes na lista de punições da Lei Magnitsky. A justificativa oficial é a suposta violação "grave" de direitos humanos por parte do ministro. Em uma nota sobre a decisão, o Departamento do Tesouro dos EUA afirmou que Moraes "usou seu cargo para autorizar prisões preventivas arbitrárias e suprimir a liberdade de expressão".