BRASÍLIA - Após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), a defesa de Leonardo Rodrigues de Jesus, mais conhecido como Léo Índio, informou nesta sexta-feira (28) que o primo dos filhos mais velhos de Jair Bolsonaro está em Puerto Iguazú, na fronteira da Argentina com o Brasil.
Na quinta-feira, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, deu o prazo de 48 horas para que a defesa de Léo Índio prestasse informações sobre um vídeo em que ele afirma que estava na Argentina há mais de 20 dias. A gravação foi divulgada pela Massa FM Cascavel (PR).
O primo dos filhos de Bolsonaro alega que foi buscar asilo no país comandado por Javier Milei, aliado político do ex-presidente brasileiro, que na quarta-feira (26) virou réu por tentativa de golpe de Estado, com sete aliados.
De acordo com os advogados, Léo Índio está com uma permissão provisória, que tem validade até o dia 4 de junho. O documento permite que Léo Índio exerça trabalho remunerado, acesse serviços públicos e estude em Puerto Iguazú – cidade da província argentina de Misiones. A permissão foi assinada no dia 6 de março de 2025.
Léo Índio é réu por envolvimento nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 e responde pelos crimes de associação criminosa armada; tentativa de abolição violenta do Estado democrático de direito; golpe de Estado; dano qualificado pela violência e grave ameaça, contra o patrimônio da União, com considerável prejuízo para a vítima; e deterioração de patrimônio tombado.
Apesar disso, ele não está proibido de deixar o país, mas é alvo de outras medidas cautelares, como bloqueio de perfis nas redes sociais e de contas bancárias.
Na quinta-feira (27), a Primeira Turma do STF formou maioria para negar um recurso da defesa e manter a decisão, de fevereiro, de abrir uma ação penal contra ele.
No vídeo, Léo Índio disse ter medo de ser preso e criticou o PL, partidos de direita e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) por não aprovarem o projeto de lei que anistia condenados pela invasão e destruição de prédios públicos no 8 de janeiro.