BRASÍLIA - O ex-deputado Daniel Silveira teve negado, pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o recurso para retomar sua liberdade condicional. A decisão da Corte foi oficializada na sexta-feira (28). 

Silveira foi condenado a 8 anos e 9 meses de prisão por incentivar ataques aos ministros do Supremo, além de estimular os atos antidemocráticos, e chegou a ser beneficiado com a flexibilização do regime de reclusão. 

O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, porém, constatou que o ex-parlamentar não cumpriu com regras estabelecidas como se recolher em horário determinado e posse de arma de fogo. Por isso, a defesa de Silveira ingressou com o pedido para que a liberdade condicional fosse retomada, mas acabou não sendo concedida pelos ministros. 

Entenda a prisão de Daniel Silveira

Moraes havia concedido, em 20 de dezembro, o livramento condicional, permitindo que ele transitasse livremente durante o dia.

As cautelares proibiam Silveira de sair da cidade e o obrigavam a se recolher no período noturno e aos sábados, domingos e feriados. O deputado cassado desrespeitou as condições no primeiro dia, retornando para casa mais de quatro horas depois do horário determinado.

O ministro Alexandre de Moraes optou, então, por revogar a liberdade condicional e ainda citou no âmbito do processo que o réu já descumpriu medidas cautelares mais de 227 vezes desde o início do processo criminal.

No dia 24 daquele mês, Silveira voltou para a prisão em Bangu 8, no Rio de Janeiro, e retornou ao regime fechado.