BRASÍLIA – A escolha de Michelle Bolsonaro por participar de um ato bolsonarista em Belém (PA), neste domingo (3/8), ao invés de marcar presença na Avenida Paulista, em São Paulo – considerada o principal palco das manifestações nacionais – gerou desconforto entre aliados.

Nos bastidores, integrantes do entorno de Jair Bolsonaro classificaram a decisão como “teimosia” e “birra”, enquanto outros minimizaram a ausência, avaliando que a ex-primeira-dama cumpriu seu papel ao comparecer a pelo menos um evento da mobilização.

No Pará, o ato estava marcado para começar às 8h da manhã, enquanto na capital paulista, ele deve ocorrer a partir das 14h. 

Em nota, a assessoria de Michelle afirmou que as manifestações foram organizadas em todos os estados e que ela já tinha compromissos assumidos no Pará, incluindo participação em evento do PL Mulher em Marabá.

Segundo o comunicado, a opção por Belém não prejudicaria o ato paulista, que contou com a presença de outras lideranças do partido, como o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

A atuação em palanques regionais e o tom combativo que Michelle adota nos discursos reforçam sua posição como um dos nomes mais cotados para herdar parte do capital político do marido, Jair Bolsonaro (PL), impedido de comparecer a eventos públicos por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes.