O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta sexta-feira (19), para considerar inconstitucional a revista íntima em presídios. No entanto, nesta tarde, o ministro André Mendonça atualizou seu voto e desfez a maioria contrária. 

Os ministros seguiram o entendimento do relator, Edson Fachin, que entendeu ser "inadmissível e vexatória" a prática da revista íntima em visitas sociais nos estabelecimentos de segregação compulsória.  

Fachin também propõe que a proibição de que o visitante precise ficar parcialmente ou totalmente nu e considera "abominável inspeção de suas cavidades corporais", incluindo órgãos genitais. 

Para o relator, provas obtidas nesse tipo de situação são ilícitas e não podem ser utilizadas. 

O julgamento ocorre no plenário virtual da Corte, modalidade em que os ministros depositam seus votos no sistema, e está previsto para finalizar na noite desta sexta. 

Além de Fachin, nove dos dez ministros do STF já votaram. Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso e Rosa Weber seguiram integralmente o relator. Gilmar Mendes concordou parcialmente. 

Já os ministros Alexandre de Moraes, Dias Toffoli e Nunes Marques divergiram. O ministro Luiz Fux ainda não votou. Mendonça mudou o voto e acompanha divergência. Ele alegou que houve erro no sistema. 

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