Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) formaram maioria para rejeitar o pedido do caminhoneiro Marco Antônio Pereira Gomes, conhecido popularmente como Zé Trovão, de reverter a prisão preventiva decretada por Alexandre de Moraes.

Bolsonarista, Zé Trovão é investigado em um inquérito que apura atos antidemocráticos organizados e incentivados por seguidores do Jair Bolsonaro. Investigação da Polícia Federal aponta que o próprio presidente deu início à convocação das manifestações.

Próximo ao feriado da independência neste ano, o caminhoneiro publicou vídeos incentivando atos violentos contra o STF e seus ministros.

Ele prometeu estar na Avenida Paulista, onde, disse, estaria à espera de Moraes e da PF. No entanto, mentiu e fugiu para o México, no intuito de conseguir asilo ou até perdão judicial.

Relator do caso, o ministro Edson Fachin tinha negado o pedido. No julgamento que ocorre no plenário virtual, nesta segunda-feira (18), votaram Ricardo Lewandowski, Cármen Lúcia, Dias Toffoli e Rosa Weber. Assim, os cinco formam a maioria contra a tentativa de Zé Trovão de se ver livre da cadeia.

Zé Trovão continua foragido. Segundo ele, está no México, para onde viajou no início de setembro, assim que soube do mandado de prisão. A Polícia Federal localizou o paradeiro dele no país, mas não o prendeu. Tampouco Zé Trovão se entregou, contrariando a própria promessa. Na semana passada, gravou vídeo renovando os ataques ao STF.

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