O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a defesa do ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal, Anderson Torres, explique, em 48 horas, por qual motivo as senhas fornecidas aos investigadores da Polícia Federal (PF) não estavam corretas.
Na decisão, Moraes reproduz a afirmação da PF de que "nenhuma das senhas fornecidas estava correta, o que inviabilizou a extração dos dados armazenados no serviço de nuvem".
A senha é necessária para acessar informações do celular do ex-ministro, que ele diz ter perdido nos Estados Unidos — país onde estava quando ocorreram os ataques criminosos de 8 de janeiro. O ministro teve sua prisão preventiva decretada no dia seguinte e foi detido assim que pousou em Brasília, na manhã de 14 de janeiro.
A defesa de Anderson Torres têm apontado diversos problemas sobre a saúde mental de seu cliente, inclusive o risco de suicídio. Com isso, tentam convencer o STF a permitir que ele seja solto ou que vá para a prisão domiciliar.
Nesta semana, seus advogados ingressaram com o terceiro pedido de soltura desde que ele está preso, mas o pedido foi negado, desta vez pelo ministro Luís Roberto Barroso, do STF.
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