Mesmo depois de ser tornado público o incômodo da prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), com o tratamento dado pelo governo Lula 3 aos mineiros, a gestora da maior cidade administrada pelo PT no país e petista histórica não foi sequer comunicada oficialmente da vinda do presidente ao Estado nesta quarta e quinta-feira (7 e 8). Como O TEMPO mostrou, pessoas próximas a Marília já haviam externado o descontentamento da prefeita diante das dificuldades de acesso tanto ao presidente quanto aos ministros do “núcleo duro” de Lula.
A insatisfação teria ficado maior porque Marília foi informada recentemente que ela é quem “teria que ter feito lobby” para que o presidente inlcuísse Contagem, cidade vizinha a Belo Horizonte, onde Lula tem agenda na quinta, em seu roteiro.
Distanciamento
A prefeita tem estranhado, segundo interlocutores, a mudança de postura do presidente, em espcial pelo distanciamento do governo em relação aos prefeitos, inclusive dos prefeitos aliados. Ainda mais porque Minas teve papel importante na eleição do petista em 2022.
E esse distanciamento não se limitaria a Lula, mas também estaria acontecendo com ministros. Segundo esses mesmos interlocutores, “o PT de Minas está desprestigiado”. Diante da proximidade de petistas paulistas, faltaria perto de Lula alguma figura que trabalhasse por Minas e aconselhasse o presidente a olhar para o Estado, papel antes, por exemplo, de Luiz Dulci, que foi Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência nas duas primeiras gestões de Lula.
Lula visita Juiz de Fora na quarta (7) e Belo Horizonte na quinta (8), onde terá uma agenda para fazer um balanço de suas ações para o Estado e anunciar investimentos. Além do presidente, a comitiva ainda deve contar com oito ministros.