A família do deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PL), ex-ministro do Turismo no governo de Jair Bolsonaro (PL), ganhou mais um nome na política. Ana Clara Teixeira Dias, filha do parlamentar, se filiou ao PL no início de agosto e foi recebida pela direção estadual como reforço ao “time conservador” de Minas Gerais.
O PL Minas celebrou a chegada da nova filiada nas redes sociais do partido. “Com sua juventude, preparo e firmeza de princípios, ela chega para somar na construção de um Brasil mais livre, justo e comprometido com os ideais conservadores. Uma família que já contribui ativamente para os valores que defendemos”.
A presença de Ana Clara amplia a lista de integrantes do clã com atuação política: o pai é deputado federal; a mãe, Janaína Cardoso (União Brasil), é vereadora em Belo Horizonte; a irmã, Amanda Teixeira Dias (PL), é deputada estadual; e o avô, Álvaro Antônio Teixeira Dias, foi vereador, deputado estadual por quatro mandatos e vice-prefeito da capital mineira em 1985.
A entrada da jovem movimentou os bastidores pela possibilidade de um embate familiar nas próximas eleições. Os três principais cargos legislativos que poderiam ser alvo de disputa em Belo Horizonte, base eleitoral da família, já estão ocupados por membros do clã. Para conquistar uma cadeira, Ana Clara teria de enfrentar um parente direto.
Em 2024, a base eleitoral da família já havia enfrentado turbulências: Janaína foi candidata pelo União Brasil, enquanto Marcelo Álvaro Antônio e a filha Amanda dividiram apoio com um assessor próximo. Apesar do histórico, Ana Clara nega que pretenda disputar votos com familiares.
“Não tenho qualquer pretensão de ingressar na política neste momento. Minha filiação ocorreu por questões de valores pessoais. Acabei de concluir minha graduação e estou dedicada aos estudos e ao desenvolvimento de uma carreira profissional”, afirmou ao Aparte.
Marcelo Álvaro Antônio confirma a versão da filha: “Ela se filiou ao PL pelo posicionamento dela com os valores que acredita, mas no momento está em processo de estudos. Não vejo nenhuma pretensão dela entrar na política agora”, disse. Questionado sobre a possibilidade de abrir mão da vaga na Câmara para permitir uma dobradinha das filhas em 2026, o deputado – que em 2018 foi o mais votado de Minas Gerais, com mais de 230 mil votos – descartou a hipótese. Afirmou que buscará a reeleição no próximo ano.