A primeira visita do presidente Lula (PT) a Minas está confirmada na semana que vem, de acordo com o deputado federal e pré-candidato à Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), Rogério Correia (PT). Ele cumprirá agendas em Juiz de Fora, na Zona da Mata, no próximo dia 7, e em Belo Horizonte, no dia seguinte. As datas já tinham sido antecipadas à reportagem mais cedo nesta terça-feira (30), mas os detalhes sobre as cidades e algumas pautas foram informados pelo parlamentar no fim do dia.
Segundo ele, na capital mineira o presidente deve fazer uma série de anúncios relacionados, por exemplo, ao leilão da BR-381; à obras de viadutos no Anel Rodoviário – previstas para serem executadas com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) –; à inauguração de espaços na UFMG; e à destinação da área onde funcionava o Aeroporto Carlos Prates.
Esta será a primeira visita do presidente ao Estado desde que foi novamente eleito, em 2022. No ano passado, ele chegou a confirmar que viria a Minas no final de setembro, mas cancelou a agenda porque precisou passar por uma cirurgia, devido a fortes dores no quadril.
A ausência de Lula se tornou motivo de desajustes entre integrantes do diretório estadual do PT. Isso porque enquanto alguns afirmam que há justificativas para que ele não tenha visitado sequer uma cidade mineira, outros representantes da sigla demonstram nítida insatisfação com o fato.
A prefeita de Juiz de Fora, Margarida Salomão, que deve disputar a reeleição na cidade da Zona da Mata mineira, admite que a falta do presidente é sentida, mas afirma que a situação é compreensível. Para ela, o primeiro ano do governo “Lula 3” foi marcado por muitas agendas internacionais e em defesa da democracia brasileira.
“Todas as pesquisas mostram claramente que o presidente Lula é um grande eleitor, então não tenho dúvidas de que, também por essa razão, no processo de disputa que acontecerá no Estado de Minas Gerais, a presença dele será muito importante”, afirmou Margarida.
Outro caso é o da prefeita Marília Campos, de Contagem, uma das maiores cidades do país governadas pelo partido. Ela já expressou, em algumas oportunidades, o desconforto não só com a ausência de Lula no Estado, mas com o distanciamento de ministros durante o cumprimento de agendas em Brasília, o que não acontecia nas gestões anteriores.