O secretário Municipal de Segurança Pública de Belo Horizonte, Genilson Zeferino, afirmou que um grupo de empresários financiava parte dos manifestantes que questionam o resultado das urnas na avenida Raja Gabaglia, fronte à sede da 4ª Região Militar do Exército, no bairro Gutierrez, região Oeste da capital. De acordo com ele, todas as tardes um grupo chegava ao local, recebia um lanche e R$ 50 para permanecerem na via. À noite, uma pessoa armada fazia uma “espécie de ronda” entre os manifestantes, ainda conforme o Zeferino.

“O nível de organização também ficou evidente, uma vez que eles não se identificavam pelo nome e tinham técnicas de autodefesa para utilizarem em eventuais abordagens policias, como demonstraram, ao conseguirem se esquivar, por diversas vezes, durante a abordagem de hoje. Isso fez com a Prefeitura agisse no sentido de combater a desordem, desobstruindo a via. A identificação dos envolvidos e a punição que será imposta a cada um deles, por sua vez, será tarefa da Polícia Civil, que já recebeu hoje mesmo todas as informações reunidas pela Prefeitura, para subsidiar a investigação que cabe agora aos policiais civis”, informou à reportagem.

O secretário detalhou que um grupo de cerca de 20 jovens foi observado entrando na manifestação pelas manhãs, quando o dinheiro e a comida eram entregues. Por volta das 18h, outro grupo substituía. Duas ou três pessoas faziam, à noite, rondas pelo acampamento, e os manifestantes tinham o hábito de “se chamarem pela alcunha”, usando codinomes, de forma organizada. Havia mais de 15 barracas alugadas no espaço, com preço médio de R$ 700 por dia, valor que também era bancado pelo grupo de empresários, além de 50 Kg de picanha distribuídos aos presentes. Foi identificado ainda uma "sala de reunião" improvisada com sofás.

Ação caótica 

Após dois meses, a Prefeitura de Belo Horizonte determinou nesta sexta-feira (6) a desobstrução da avenida Raja Gabaglia, palco de manifestações que questionavam o resultado das urnas desde o fim da eleição presidencial. O clima esquentou no local durante a ação da Guarda Municipal. Manifestantes se revoltaram com o desmonte dos acampamentos, tentaram impedir a passagem dos caminhões que levavam os objetos recolhidos e, no momento mais tenso e lamentável do dia, agrediram jornalistas de diversos veículos de comunicação que cobriam a desocupação da avenida. 

No início da tarde desta sexta, após a caótica ação, o prefeito Fuad Noman (PSD) convocou uma coletiva para falar sobre o episódio e lamentou a agressão sofridas pelos jornalistas. A Guarda Municipal, por sua vez, informou que foram identificadas pessoas armadas, com alto poder de organização – inclusive financeiro – e manifestantes que foram pagos para estar no local, em frente à sede da 4ª Região Militar do Exército, no bairro Gutierrez, região Oeste da capital.  

No início da tarde desta sexta, após a caótica ação, o prefeito Fuad Noman (PSD) convocou uma coletiva para falar sobre o episódio e lamentou a agressão sofridas pelos jornalistas. A Guarda Municipal, por sua vez, informou que foram identificadas pessoas armadas, com alto poder de organização – inclusive financeiro – e manifestantes que foram pagos para estar no local, em frente à sede da 4ª Região Militar do Exército, no bairro Gutierrez, região Oeste da capital. 

Já a Polícia Militar esteve presente nos atos, mas não atuou para desmobilizar as obstruções ou prevenir os ataques. A corporação não estava mais presente no momento. A prefeitura afirma que a corporação foi devidamente comunicada. Em nota, a PM esclareceu que realizava “policiamento preventivo” em apoio ao Executivo. O governo do Estado afirmou que a PM esteve presente em apoio à ação.