O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões (Novo), atribuiu ao Ministério do Meio Ambiente e à ministra Marina Silva os atrasos para concluir as negociações do acordo de reparação relacionado ao desastre de Mariana, provocado pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco.

“Espero que a ministra Marina esteja sensível com essa questão assim como outros ministros do governo estão. O ministro Rui Costa (Casa Civil) tem ajudado muito, o ministro Alexandre Silveira (Minas e Energia) também, agora é uma questão da gente sensibilizar o Ministério do Meio Ambiente”, afirmou.

Mateus Simões foi o entrevistado do quadro Café com Política, da FM O TEMPO, nesta terça-feira (27), e manifestou preocupação com a criação de um grupo de trabalho no Ministério do Meio Ambiente, com um prazo de 180 dias para rever o acordo, podendo ser prorrogado por igual período. “Eu espero que seja apenas um texto padrão utilizado como minuta em criação de grupos de trabalho”, disse.

O vice-governador ainda destacou questões relacionadas ao reajuste dos servidores e à Reforma Tributária.

Em relação ao acordo de Mariana, o vice-governador disse que outros membros do governo federal trabalhavam com um prazo máximo de setembro e que a expectativa é manter essa data para concluir as negociações ePara ele, a população atingida é a mais prejudicada e precisa de respostas rápidas.

“Qualquer tempo a mais tem consequências graves para o cidadão comum das nossas cidades, de Mariana até a saída para o Espírito Santo, em Aimorés, passando por tudo que está no caminho. É gente que deixa de ter infraestruturas reconstruídas e condições econômicas reestabelecidas, porque a gente não consegue avançar num acordo tripartite no qual duas partes, Minas e Espírito Santo, que representam 70% dos interesses, já chegaram a um acordo”, concluiu.