A mulher de 38 anos, suspeita de participar da morte da amante do marido em Santa Luzia, na região metropolitana de Belo Horizonte, voltou para a prisão nesta segunda-feira (26). Além dela, o companheiro e o irmão da investigada, também foram presos novamente, após a prisão temporária ser convertida em preventiva. 

"Eles foram presos em casa, na cidade de Ibirité. Já tinham sido presos no dia 22 de julho. Era temporária e, como não deu tempo de analisar o pedido preventivo, eles foram soltos na última quinta-feira. Na sexta saiu a decisão convertendo e hoje efetuamos a prisão do trio novamente", explicou a delegada Adriana das Neves Rosa. 

O corpo de Aline da Silva Pereira, de 27 anos, foi localizado no dia 9 de maio. Ela era amiga e vizinha de Elisa da Silva Anacleto, e se envolveu com o marido dela, Wanderley Costa dos Santos, de 38. Ao descobrir a traição, Elisa brigou com a amante do marido, que se mudou para Ribeirão das Neves, também na Grande BH. No entanto, o relacionamento extraconjugal continuou. 

"A Elisa descobriu que o marido e a Aline ainda estavam se relacionando e, na versão dela, resolveu marcar um encontro para conversar. Aline pensou que estava indo se encontrar com Wanderley quando foi morta", detalhou a policial. 

No dia do crime, 6 de maio, a jovem foi levada para uma área deserta, onde foi agredida por Elisa. Em seguida, ela foi asfixiada por Wanderley e jogada de um barranco. Na cena do crime também estava o irmão da suspeita, Mateus Fontes Anacleto, de 20. Ele que teria levado Elisa até o local do homicídio.

Homem se sentiu traído

Segundo a Polícia Civil, Wanderley teria se sentindo traído ao descobrir que Aline, a amante, estaria se relacionando com outros homens. "Quando foi para Ribeirão das Neves, Aline disse a Wanderley que não ficaria com outras pessoas. Mas ela era dependente química e se prostituía para manter o vício. Ao saber que a vítima e as irmãs dela se envolveram em uma confusão em um bar que seria em uma área de prostituição, ele se sentiu traído e, apesar de negar, pode ter sido um dos motivos também  para o homicídio", contou a delegada. 

"Tratada como filha", diz presa

Em depoimento à polícia, Elisa chegou a dizer que tratava Aline como filha. A traição foi descoberta no Carnaval deste ano, quando mulher flagrou uma troca de mensagens entre o companheiro e a amiga. 

Elisa, que está no oitavo mês de gestação, mantém a versão que só bateu em Aline no dia do crime, mas não viu o que teria ocorrido depois. Os três presos respondem por homicídio triplamente qualificado por emboscada, recurso que impossibilitou a defesa da vítima e motivo fútil.