‘Não me senti traído pela Assembleia’, diz Zema sobre projeto de lei

O governador de Minas, Romeu Zema (Novo), disse ontem que não se sentiu traído pelos deputados estaduais no caso da aprovação do projeto de lei aprovado pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que transforma em crime de responsabilidade o atraso ou parcelamento de repasses ao Legislativo, ao Judiciário e ao Ministério Público.

O texto foi votado nesta quinta-feira (14) inclusive por integrantes da base do governo na ALMG e pode resultar num processo de impeachment do governador se os repasses não forem feitos.

“Não me senti traído pela ALMG. O mineiro foi traído pela história”, afirmou Zema, que apontou a gestão de Fernando Pimentel (PT) como responsável pela atual crise fiscal do Estado.

“Temos de procurar soluções, não culpados. Não podemos tapar o sol com a peneira, como sempre fizemos. O último govenador prejudicou alguns prefeitos para manter a escala de pagamento. Não quero prejudicar ninguém. Se a sociedade e o Estado estão em crise, todos temos que fazer esforços”, complementou.

Zema também disse que conversa diariamente com os presidentes do Legislativo e do Judiciário de Minas e que ainda não analisou com profundidade o projeto de lei da ALMG.

“Assim que (o texto) for recebido, vamos avaliar criteriosamente. O grande problema de Minas é a falta de recursos. Todo nosso foco é nessa questão agora. Não em polêmicas ou visões distintas. Temos de convergir. Estou convidando todos a encontrar uma solução. Nossos números estão abertos, os técnicos do Legislativo e do Judiciário poderão analisar, mas queremos uma solução”, concluiu Zema.