A eleição para conselheiros tutelares realizada no início de outubro foi cancelada pela Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), após uma recomendação da Defensoria Pública de Minas Gerais, que apontou uma série de inconsistências no processo de escolha dos candidatos.
Um dos principais problemas foi o próprio sistema de votação, que começou em meio eletrônico e, depois de muitas falhas, mudou para cédulas de papel – guardadas em caixas de papelão e fechadas com fita adesiva.
Desta vez, para evitar que a lisura do processo seja colocada em xeque, a PBH adotou uma série de medidas para garantir que tudo corra da melhor maneira possível durante a nova votação, que acontece no domingo (3), entre 8h e 17h.
Mesmo depois de todos os transtornos registrados naquela ocasião, as expectativas para a nova votação são positivas, e há esperanças de uma boa adesão ao pleito. Victor Campos chegou a ser eleito como representante da regional Barreiro, e logo após o cancelamento do resultado, cogitou mobilizar outros vencedores com o objetivo de acionar a Justiça para validá-lo.
Agora, ele está confiante com o comparecimento da população. “Espero que as pessoas tenham entendido que não foi culpa dos candidatos e que é importante voltar para participar e eleger bons conselheiros tutelares para Belo Horizonte”.
O concorrente ainda acrescentou que percebe mais vulnerabilidade nas cédulas de papel, mas argumenta que, após a experiência de outubro, as autoridades serão mais rigorosas. “Se as cédulas de papel tivessem sido implementadas às nove da manhã no dia primeiro de outubro, não teríamos que repetir o processo no próximo domingo”, comentou.
Já a secretária Municipal de Assistência Social, Segurança Alimentar e Cidadania, Rosilene Rocha, mencionou as dificuldades de os candidatos realizarem uma nova campanha, embora também esteja segura sobre a participação popular no pleito.
“Sabemos que recursos financeiros foram despendidos na primeira etapa e muitos ficaram prejudicados, isso é verdade, mas Belo Horizonte é uma cidade muito comprometida. Tivemos neste ano quatro mil votos a mais do que na última eleição, então estamos trabalhando para não haver uma quebra, porque é muito importante que as pessoas vão e votem”, afirmou a secretária.
As atribuições dos conselheiros tutelares estão previstas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), e todos os detalhes sobre a votação de domingo (3) estão disponíveis aqui.