Economia

Para cortar custos, Cemig lança novo plano de desligamento voluntário

No ano passado, aproximadamente 600 funcionários deixaram a estatal, gerando uma economia anual de R$ 150 milhões para a empresa

Por Thaís Mota
Publicado em 06 de maio de 2020 | 14:06
 
 
 
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A Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) abriu mais um Plano de Desligamento Voluntário Programado (PDVp) nesta semana. A empresa não informa a adesão esperada, mas, no ano passado, aproximadamente 600 empregados deixaram a empresa por meio de um PDVp que, segundo a companhia, proporcionou uma economia anual de cerca de R$ 150 milhões.

As inscrições do PDVp aberto na última segunda-feira (4) vão até o dia 22 de maio e, de acordo com a Cemig, “o programa é uma das medidas de redução de custos adotadas pela companhia, além de ser uma oportunidade de oxigenação do seu quadro de pessoal”.

A expectativa da companhia era que o programa tivesse sido aberto no início do ano. No entanto, por conta de regras previstas na Lei Estadual 23.304/2019 e no Decreto Estadual 47.771/2019, a Cemig precisou submeter o plano ao Comitê de Coordenação e Governança de Estatais (CCGE), instância colegiada responsável por emitir opiniões sobre matérias inerentes às empresas.

A redução do quadro de pessoal já vem sendo realizada ao longo dos últimos anos e vai de encontro ao plano do governo Romeu Zema (Novo) de privatizar a estatal, como uma das medidas para aderir ao Regime de Recuperação Fiscal (RRF) do governo federal. 

Atualmente, a Cemig tem cerca de 6.000 trabalhadores próprios em todo o Estado e outros 12 mil terceirizados. Além do corte de pessoal, a empresa informou ainda que tem adotado outras medidas para redução de custos. “Outras ações adotadas pela companhia são a otimização de bases operacionais da companhia em todo o Estado, a terceirização de serviços considerados não essenciais e a automatização de processos em toda a sua estrutura”.

No mês passado, a companhia colocou à venda 28 imóveis em todo o Estado avaliados em R$ 32 milhões. Na ocasião, a empresa negou qualquer relação com os planos de privatização da estatal. Em março, a estatal já havia colocado à venda 26 imóveis e, no ano passado, outras operações também foram realizadas, inclusive para a venda do prédio da companhia no bairro Floresta, em Belo Horizonte, mas o leilão acabou sem ofertas para o imóvel.

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