Crime

Patrocínio: Investigado por matar pré-candidato a vereador tinha posse da arma

Polícia também monitora ameaças contra prefeito e familiares em redes sociais

Por Carlos Amaral e GABRIEL MORAES
Publicado em 25 de setembro de 2020 | 16:47
 
 
 
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Jorge Marra, suspeito de assassinar a tiros o pré-candidato a vereador Cássio Remis (PSDB), tinha o registro de posse da arma do crime, ocorrido nesta quinta-feira (24) em Patrocínio, no Alto Paranaíba.  A informação foi confirmada em coletiva da Polícia Civil de Minas Gerais, na tarde desta sexta-feira. 

"A arma era registrada, mas ele não tinha o porte, mas tinha a posse. Ele podia ter ela dentro de casa ou no local de trabalho, não no veículo", disse Valter André, delegado regional de Patrocínio.

Os policiais estão em negociação com familiares para que o suspeito se entregue ainda nesta sexta-feira. A polícia também protocolou na tarde de hoje o pedido de prisão preventiva e aguarda a decisão da justiça. Caso se entregue antes, o suspeito pode ser ouvido e liberado. A polícia trata o crime como homicídio doloso qualificado por motivo fútil e, até o momento, o prefeito Deiró Marra (Dem) não é investigado.

O delegado ainda disse também que a polícia  está monitorando ameaças feitas em redes sociais contra a família do prefeito de Marra, irmão do suspeito: “Desde a manhã de hoje nós já temos algumas mensagens, algumas identificações, de alguns autores que estão cometendo crime de ameaça contra o Deiró  Marra, contra seus familiares e alguns funcionários da Prefeitura. Nós com a Polícia Militar estamos monitora todo esse ambiente virtual para que nada demais aconteça além do fato trágico ocorreu ontem,” reforçou.

Relembre

Cassio Remis fazia uma transmissão ao vivo nas redes sociais denunciando uma obra da prefeitura de Patrocínio que, supostamente, beneficiaria o comitê de campanha do atual prefeito e pré-candidato à reeleição, Deiró Marra (DEM).

Leia mais: Entenda tensão entre ex-vereador e secretário de Patrocínio que acabou em morte

Durante o vídeo, o secretário de Obras do município e irmão do atual mandatário, Jorge Marra, de 60 anos, chegou ao local em uma caminhonete e tomou o celular do político. Depois disso, em frente à secretaria, eles tornaram a brigar e o autor sacou uma arma e disparou na cabeça de Remis, que morreu no local.

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