Por três votos a dois, os ministros da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal decidiram mandar soltar o ex-presidente da Petrobrás Aldemir Bendine, condenado a 11 anos na Operação Lava Jato por supostas propinas de R$ 3 milhões da Odebrecht, em 2015. Os votos favoráveis à soltura foram de Gilmar Mendes, Celso de Mello e Ricardo Lewandowski.
“A decisão do STF resgata a dignidade não apenas do cidadão atingido por uma prisão injusta, mas de toda a cidadania, que não pode ficar a mercê de juízes arbitrários”, afirmou o criminalista Alberto Zacharias Toron, que defende Bendine.
Bendine está preso desde 27 de julho passado, alvo da Operação Cobra, 42.ª fase da Lava Jato. O então juiz federal Sérgio Moro o sentenciou pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no dia 7 de março de 2018.
O executivo esteve à frente do Banco do Brasil entre 17 de abril de 2009 e 6 de fevereiro de 2015, e foi presidente da Petrobras entre 6 de fevereiro de 2015 e 30 de maio de 2016. Assumiu o comando da estatal petrolífera com a missão de acabar com a corrupção nas diretorias.