Questionados sobre a possibilidade de suspensão temporária das eleições municipais marcadas para o dia 4 de outubro, 74% dos leitores de O TEMPO concordam com adiamento até o momento. A pesquisa foi aberta  na quarta-feira (25). Entre os que já responderam, 18% não concordam com a suspensão temporária do pleito, enquanto 3% não têm opinião formada.

A possibilidade de modificar o calendário eleitoral surgiu ainda na semana passada, com o avanço da Covid-19. O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ainda não cogita a hipótese. Porém, uma vez que a modificação no calendário eleitoral depende de uma alteração na Constituição do país, no Congresso Nacional, senadores e deputados favoráveis à ideia já sinalizaram que devem, em breve, apresentar Propostas de Emendas à Constituição (PECs) para adiar o pleito deste ano. 

O debate gira em torno de duas vertentes. Uma inclui os que são favoráveis ao adiamento do pleito em alguns meses de forma que os eleitos tomem posse ainda no ano que vem. Enquanto isso, outros querem aproveitar o momento para unificar as eleições deste ano e as de 2022. Nesse cenário, os atuais mandatos seriam prorrogados por mais dois anos e, em 2022, os eleitores iriam às urnas para votar para prefeito, vereador, governador, deputados estaduais e federais, senador e presidente da República.

Na enquete realizada por O TEMPO, foram avaliados, além de alternativas para a realização das eleições, os recursos que são gastos para a realização do pleito.

Sobre a possibilidade de unificar as eleições em 2022, a maioria dos leitores, 73%, também se posicionou favorável. Já 23% são contrários.

Outro ponto questionado sobre o tema abordou os gastos públicos estimados em pelo menos R$ 5 bilhões para organizar o pleito. Dos  votantes, 86% até então responderam que são contra o empenho desse valor na realização das eleições. Apenas 11% do grupo assinalou ser favorável ao uso da verba, enquanto 3% não têm opinião formada.

O uso dos fundos Eleitoral e Partidário para bancar as campanhas dos candidatos, que juntos somam quase R$ 3 bilhões distribuídos entre partidos, não é aprovado por 88% dos leitores de O TEMPO que responderam à questão. Apenas 8% são favoráveis ao uso da verba pública.
Nesse caso, uma última pergunta foi feita aos leitores questionando para onde esses R$ 3 bilhões poderiam encaminhados. Ainda que o tema coronavírus tenha sido preocupação massiva desde que o vírus começou a avançar no país, pouco mais da metade dos votantes, 51%, acreditam que esses recursos deveriam ser encaminhados para o setor da saúde em geral, o que poderia contribuir também para o combate à Covid-19. Já 31% dos votantes assinalaram que todo o recurso deveria ser investido exclusivamente no combate ao coronavírus.

Ainda nessa questão, 13% dos leitores acreditam que o dinheiro deveria ser encaminhado para a recuperação da economia, 2% em assistência social e 1% em segurança pública. Outros 2% dos leitores que votaram nessa pergunta acreditam que o dinheiro deveria ser aplicado em outros setores diferentes das alternativas apresentadas na enquete.

O resultado prévio foi apurado às 10h30 da manhã dessa quinta-feira. A votação continua, clique aqui e participe da enquete dando também sua opinião sobre esse assunto.