Transporte público

‘Vamos contratar uma auditoria para rediscutir contrato de ônibus’, afirma Fuad

O prefeito de Belo Horizonte detalha que já há um termo de referência pronto para lançar edital de licitação

Por Gabriel Ferreira Borges
Publicado em 13 de abril de 2022 | 10:23
 
 
 
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O prefeito Fuad Noman (PSD) garante que a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) contratará uma nova empresa de auditoria para rediscutir o contrato entre o Executivo e as empresas de ônibus. Fuad foi o convidado do Café com Política, do programa Super N, da Rádio Super 91,7 FM, nesta quarta-feira (13). O contrato firmado entre o Município e as empresas é de 2008. Entretanto, o prefeito não projetou prazos para lançar o edital de licitação.

Fuad afirma que o termo de referência já estaria pronto. “Nós já estamos com o termo de referência pronto para lançar um chamamento público ou um edital de licitação - estamos avaliando qual é a melhor alternativa - para contratar uma empresa de auditoria grande”, explica o prefeito. Fuad admite que gostaria de contratar uma empresa que seja referência no âmbito nacional ou internacional “para que eles possam chegar, sentar e dizer: ‘olha, esse contrato está desequilibrado, esse contrato tem esse defeito e a solução proposta é essa’.”

Para o prefeito, o trabalho feito pela última auditoria contratada não foi “na profundidade que se precisava”. “Na vez passada, tivemos dois concorrentes: um que é essa empresa que ofereceu o preço de R$ 900 mil, e um segundo que ofereceu o preço de R$ 5 milhões. Como a licitação não previa nenhum tipo de restrição, nós éramos obrigados a fechar com o vencedor da corrida. Chegaram à conclusão de que tínhamos que colocar o preço da passagem em R$ 6,50 e o (ex) prefeito (Alexandre) Kalil disse: ‘Negativo, não vou cumprir nada disso’.”, lembra Fuad. 

Conforme o Chefe do Executivo, ainda não há um novo modelo de contrato planejado pela PBH. “Quisera eu ter esse desenho pronto. É um desafio. Nós estamos avaliando outros modelos, em outros lugares, em outros países, em outras cidades, que funcionam”, diz Fuad. “A despeito de eu ser absolutamente contrário ao subsídio, o mundo está mostrando que, com a evolução, a gente não terá muita alternativa a não ser ter subsídio, mas não tem nada definido”, complementa.

Porém, ao ser questionado sobre um prazo, Fuad pede que não se apresse a solução do problema, já que ele é complexo. "Pode ser que a auditoria chegue aqui em três meses, apresente a solução, nós gostamos e resolvamos isso em três, quatro meses. Mas não é essa a expectativa que nós temos", conclui o prefeito de Belo Horizonte.

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