Atacada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) no debate dos presidenciáveis da TV Bandeirantes neste domingo, ao ser chamada de “vergonha do jornalismo", Vera Magalhães tem longa trajetória como repórter e colunista na imprensa brasileira. Atualmente, ela é colunista do Grupo Globo, atuando no Jornal O Globo e na Rádio CBN. Também é a apresentadora do programa de entrevistas “Roda Viva” da TV Cultura.
Magalhães começou a carreira no Diário do Grande ABC, interior de São Paulo, onde foi repórter e editora de política. Em 1997, passou a integrar os quadros do jornal Folha de S. Paulo. Foi pauteira, coordenadora de política da sucursal Brasília e repórter em Brasília.
Trabalhou também na revista Veja (SP). Por lá, comandou a coluna Radar, focada na cobertura de assuntos exclusivos. Em seguida, passou a trabalhar na Rádio Jovem Pan (SP) e tornou-se colunista do jornal O Estado de S. Paulo.
Defesa por colegas
Jornalistas e políticos saíram em defesa da jornalista após os ataques de Bolsonaro na noite deste domingo. O presidenciável Ciro Gomes, do PDT, se solidarizou com a jornalista na manhã de hoje por meio de sua conta no twitter. Ciro disse que o Bolsonaro “exibiu um lado mais sórdido e covarde”.
Já me solidarizei com Vera Magalhães durante o debate e volto a fazer agora. Bolsonaro exibiu seu lado mais sórdido e covarde, não só por agredir uma talentosa jornalista, como por ela estar impedida -pelas regras do debate- de usar a palavra para se defender.
— Ciro Gomes 12 (@cirogomes) August 29, 2022
As jornalistas Natuza Nery, Andreia Sadi e Fátima Bernardes - todas companheiras de empresa de Vera Magalhães no Grupo Globo - enviaram mensagens de apoio a ela por meio de redes sociais. Todas ressaltaram o caráter do ataque de Bolsonaro à Vera como misoginia, como também fez a jornalista Flávia Oliveira, da GloboNews.
Misoginia do candidato à reeleição, que ataca a jornalista @veramagalhaes . Minha solidariedade, Vera.
— Flávia Oliveira (@flaviaol) August 29, 2022