Polícia Civil

Vereador Léo Burguês é indiciado por peculato, corrupção e lavagem de dinheiro

Em nota à reportagem, o parlamentar diz que recebeu a notícia com “grande indignação e perplexidade

Por Lucas Negrisoli
Publicado em 27 de janeiro de 2023 | 14:17
 
 
 
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O vereador por Belo Horizonte Léo Burguês (União Brasil) foi indiciado por suspeita de crimes de peculato, corrupção passiva e corrupção ativa, advocacia administrativa, lavagem de dinheiro e organização criminosa, conforme a Polícia Civil. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (27). Em nota à reportagem, o parlamentar diz que recebeu a notícia com “grande indignação e perplexidade”. Há suspeita de prática de "rachadinha", quando parte dos salários de funcionários do gabinete são "devolvidos" ao parlamentar.

A investigação policial foi iniciada em outubro de 2019, conforme a instituição, e outras seis pessoas além do vereador foram denunciadas. O inquérito, agora, foi encaminhado à Justiça. Ainda não há processos que envolvam a cassação do mandato do parlamentar na Câmara de BH. Houve, em 2020, mandado de busca e apreensão no gabinete de Burguês e contra assessores. 
 
“É com grande indignação e perplexidade que recebemos essa notícia já que, na realidade, as investigações apuraram justamente o contrário: tal prática nunca ocorreu. Ao longo de uma devassa de quase quatro anos em meu gabinete, na minha vida pessoal e profissional e de total colaboração minha todos os depoimentos negaram devolução de dinheiro e mostram materialmente e textualmente que todos os assessores prestam serviços de acordo com suas funções no mandato. Destaco ainda que todas minhas contas foram aprovadas pela justiça e meu patrimônio é público e compatível com meus ganhos. A única irregularidade existente é o vazamento de informações de um procedimento ainda embrionário que corre em segredo de justiça para a imprensa, o que inevitavelmente atinge minha honra, minha vida pessoal e meu mandato. Lamentável”, declara o vereador.

Denúncia anterior foi arquivada

O vereador Léo Burguês já tinha sofrido denúncias anteriores. Em 2013, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) chegou a pedir a cassação do mandato e inelegibilidade por oito anos por uma acusação de abuso de poder político e econômico, que foi arquivada pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) naquele ano. À época, o órgão acusava o parlamentar, que presidia a CMBH, havia usado de sua posição para celebrar três aditivos indevidos em contratos de publicidade, que somavam mais de R$ 1 milhão em valores irregulares. A Casa respondeu que não havia problemas com as despesas, e Burguês alegou que houve “erro de cálculo” pelo MPMG. O processo não avançou. 
 

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