A votação do Projeto de Lei Escola sem Partido, emperrado na Câmara Municipal de Belo Horizonte (CMBH) desde a última semana, foi marcada por um tumulto nesta quarta-feira (9).

Com as galerias da Casa cheias, militantes favoráveis e contrários ao projeto tiveram que ser retirados do local por seguranças. Um dos agentes de segurança teve que ser hospitalizado, enquanto pelo menos um manifestante acabou retirado à força, e teve a camisa rasgada.

O projeto é encampado pela chamada "bancada cristã", que tem maioria no Legislativo, mas vem sendo barrado pela oposição.

O problema começou durante o discurso do vereador Gilson Reis (PCdoB), contrário ao projeto. Um cidadão nas galerias, em tom ameaçador, ficou fazendo sinais de arma para ele.

A presidente da Casa, Nely Aquino, interveio e por diversas vezes pediu calma aos presentes, mas sem obter sucesso. Ela teve que suspender a sessão e pediu o esvaziamento das galerias, com o auxílio dos seguranças.

Um professor contrário ao projeto resistiu, teve que ser retirado à força e acabou tendo a camisa rasgada. Já com a presença da Polícia Militar, acionada para reforçar a segurança, a reunião foi retomada.

Confira o conflito:

 

A assessoria de imprensa da Câmara divulgou nota oficial a respeito do problema.

 

Leia na íntegra:

Após sucessivas agressões verbais e, posteriormente físicas, com ameaças à integridade dos cidadãos que acompanhavam a reunião, a presidente, vereadora Nely Aquino, acatou a orientação da Segurança Institucional, determinando o esvaziamento da galeria do Plenário para garantir o andamento dos trabalhos. 

Houve a resistência dos manifestantes, o que gerou tumulto e a necessidade de intervenção da segurança da Casa para preservar a integridade dos demais presentes na galeria.