A instabilidade nos joelhos e as dores que surgem durante treinos ou mesmo em atividades simples do cotidiano estão longe de ser raridade. Apesar disso, a solução não passa necessariamente por trabalhar a própria articulação. Para a educadora física Renata Suárez, cofundadora do Stúdio Sattva, a resposta pode estar em regiões muitas vezes esquecidas: o fortalecimento de quadris e tornozelos.

“Quando falamos de instabilidade no joelho, muitas pessoas focam apenas na articulação que dói. O corpo funciona como um sistema de engrenagens, se uma trava, as outras compensam, e é aí que surgem as dores. Falta de mobilidade e estabilidade de tornozelo ou no quadril pode sobrecarregar a articulação do meio da corrente, que é o seu joelho”, explica a especialista.

A seguir, ela indica exercícios simples, que podem ser incorporados em rotinas de treino ou realizados em casa com poucos recursos. Confira!

1. Fortalecimento de glúteo médio (quadril)

Mulher deitada com um mini band acima do joelho fazendo exercício de glúteo médio
O fortalecimento de glúteo médio precisa ser feito sem girar o quadril (Imagem: Maridav | Shutterstock)

Deite-se de lado, mantenha os joelhos semi-flexionados, coloque um mini band acima dos tornozelos ou joelhos e eleve a perna de cima em direção ao teto, sem girar o quadril. Faça 3 séries de 12 a 15 repetições.

2. Mobilidade de tornozelo e quadril

Mulher em cima de um tapete de ioga preto fazendo exercício de mobilidade para o tornozelo
A mobilidade de tornozelo ajuda a melhorar a amplitude (Imagem: AlessandroBiascioli | Shutterstock)

De joelhos, apoie um pé no chão e leve o joelho à frente, sem tirar o calcanhar do solo. “Esse movimento ajuda a melhorar a amplitude”, conta Renata Suárez. Realize 3 séries de até 12 repetições de cada lado. Repita o movimento com a perna na lateral, sem tirar o calcanhar do solo e não deixe o joelho fechar.

3. Mobilidade de quadril

Mulher em pé com uma das pernas levantada em direção ao tórax
A mobilidade de quadril deve ser feita com uma das pernas elevadas e desenhando movimentos circulares no ar (Imagem: dkovalenko | Shutterstock)

Em pé com as mãos apoiadas na parede, eleve o joelho na altura do quadril e faça um movimento circular com o joelho (como se desenhasse um círculo no ar). Execute 3 séries de até 12 repetições.

4. Agachamento com elástico

Mulher em uma sala de estar fazendo agachamento com elástico
Fazer agachamento com elástico ajuda a ativar o glúteo e mantém a estabilidade do joelho (Imagem: LightField Studios | Shutterstock)

Posicione um elástico logo acima dos joelhos e faça o movimento de agachar. O acessório ajuda a manter a ativação do glúteo e a estabilidade do joelho. Faça 3 séries de 10 a 12 repetições.

5. Passada lateral com mini band

Mulher ao ar livre fazendo passada lateral com mini band
A passada lateral com mini band deve ser feita flexionando levemente os joelhos (Imagem: f.t.Photographer | Shutterstock)

Coloque uma mini band na altura dos tornozelos ou joelhos, flexione levemente as pernas e dê passos laterais. Repita 3 séries de 8 a 10 passos para cada lado.

6. Elevação de quadril

Homem em uma sala de estar fazendo elevação pélvica sobre um tapete de ioga azul
A elevação de quadril deve ser feita com os joelhos alinhados e sem fechá-los (Imagem:
Stock-Asso | Shutterstock)

Deite-se com os pés apoiados no chão e as pernas levemente afastadas. Eleve e abaixe o quadril, mantendo os joelhos alinhados e sem deixá-los fecharem. Se preferir, utilize uma mini band acima dos joelhos para maior ativação do glúteo. Realize 3 séries de até 12 repetições.

Conexão entre tornozelo, quadril e joelho

O joelho fica “espremido” entre duas articulações móveis: o tornozelo, abaixo, e o quadril, acima. Quando uma dessas articulações não funciona adequadamente, o joelho acaba compensando e sobrecarregando-se, principalmente quando os músculos do quadril estão fracos. Nesse caso, quem geralmente paga a conta é o joelho, a lombar e até os tornozelos.

“Imagine que você tem uma fraqueza no quadril. Automaticamente, o joelho vai ter que trabalhar mais para estabilizar o movimento. Com o tempo, isso pode gerar dores no joelho, lombar e promover aquela sensação de instabilidade ao andar que tanto incômoda”, finaliza Renata Suárez.

Por Ana Carolina Batista