A Confederação Brasileira de Futebol divulgou a súmula da partida entre América e Avaí, nessa terça-feira (25), no Independência, válida pela 12ª rodada do Campeonato Brasileiro da Série B. O árbitro principal, Bruno Mota Correia, que foi protagonista do duelo, justificou a expulsão do meio-campista americano Moisés e relatou xingamentos direcionados a ele por parte do presidente do Coelho, Alencar da Silveira Júnior.

Moisés foi expulso aos 43 minutos do primeiro tempo. Ele cometeu uma falta que parou um contra-ataque do Avaí e recebeu o cartão amarelo. O Profeta discordou da punição e fez um gesto de aplausos após ser advertido por Bruno Correia, que prontamente mostrou mais um cartão amarelo e, na sequência, o vermelho para o jogador.

Segundo o árbitro da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Moisés recebeu o segundo cartão amarelo por ter feito “gestos provocadores, debochados ou exaltados, por aplaudir de forma debochada e desrespeitosa a decisão do árbitro”.

A punição do cartão vermelho a Moisés foi o lance mais reclamado por parte dos jogadores do América durante a partida, mas não foi o único. Os atletas do Coelho também reclamaram em lances que ocasionaram punições com cartões amarelos a mais quatro jogadores do time: o atacante Brenner, o zagueiro Ricardo Silva, o lateral-direito Mateus Henrique e o meio-campista Wallisson. Já o Avaí teve três jogadores advertidos com cartão amarelo.

Confusão com a diretoria

Finalizada a partida, marcada pela tensão envolvendo as decisões da arbitragem, Bruno Mota Correia e os demais árbitros do jogo se dirigiram ao vestiário reservado a eles, acompanhados de policiais militares.

Assim que a equipe do apito cruzou os portões que separam o campo da estrutura que abriga os vestiários, Euler Araújo, integrante do Conselho de Administração do América, e Marcus Salum, presidente da SAF do clube, foram ao encontro de Bruno e protestaram contra a arbitragem. O árbitro não relatou na súmula os xingamentos disparados nesse momento.

Quando estava prestes a acessar o vestiário reservado a ela, a equipe de arbitragem teve de ser protegida com mais intensidade por policiais militares. Isso porque o presidente do América, Alencar da Silveira Júnior, bastante exaltado, junto de outras pessoas uniformizadas com camisa do clube, tentou se aproximar do árbitro.

Na súmula, Bruno Mota Correia relatou: “Após o encerramento da partida, enquanto a equipe de arbitragem se dirigia ao vestiário, o presidente do América, o senhor Alencar da Silveira Júnior, veio em nossa direção protestando com gestos e proferindo as seguintes palavras: ‘você é fraco, ladrão e tem que apitar essa p*** direito’, o mesmo teve que ser contido pelos policiais”.

Posicionamento

A reportagem de O TEMPO Sports entrou em contato com a diretoria do América para saber se o clube pretende ingressar com algum tipo de representação contra a arbitragem do jogo dessa terça. A direção do Coelho afirmou que ainda analisa o ocorrido, mas disse acreditar que um eventual posicionamento causaria “pouco efeito”.