O presidente da SAF do América, Marcus Salum, pronunciou-se publicamente pela primeira vez sobre a saída de Alexandre Mattos, que havia assinado com o Coelho como novo diretor executivo, para o rival Cruzeiro, onde é atualmente diretor de futebol.
A troca “relâmpago” de clube de Mattos aconteceu ainda no final de abril. À época, o América limitou-se a publicar em suas redes sociais um pronunciamento do então executivo sobre a saída dele. “Nesta segunda-feira (29), o América Futebol Clube foi comunicado pelo Diretor Executivo Alexandre Mattos sobre sua decisão de deixar o Clube. O Coelho agradece ao profissional pela sua segunda passagem pelo América”, escreveu o clube quando da publicação do vídeo de Mattos.
Nessa segunda-feira (15), porém, em entrevista concedida ao canal Prateleira de Cima, Salum “quebrou o silêncio” sobre a saída de Alexandre e revelou que, até hoje, não se sente satisfeito com a forma como o dirigente se transferiu para o rival.
"Uma das coisas que mais me amolou na saída do Alexandre foi a forma. Quando ele me ligou, ele disse 'Salum, esse projeto é o sonho da minha vida, poder gerir um clube do tamanho do Cruzeiro, com a verba e com a condição de ser o chefe total do projeto do futebol'. Eu não concordo, porque ele me procurou antes dizendo que queria voltar para o América, que era um momento importante da vida dele e que queria resgatar toda a história no América”, disse Salum.
“Eu não estou aqui para julgá-lo. Se ele achou que o melhor caminho era ir para o Cruzeiro, ele tem o direito. A única coisa que eu não gostei foi a forma. Eu estava em Maringá [no Paraná], e ele deveria ter esperado eu chegar em Belo Horizonte, para se apresentar, dar uma entrevista coletiva, pedindo desculpas à torcida do América, dizendo que recebeu uma proposta, e isso eu ainda não superei. Mas, não vou ficar com raiva dele, não, porque ele é uma pessoa com quem tive uma relação muito boa a vida inteira e vou continuar tendo", concluiu.
Função
Nas palavras do próprio Marcus Salum, Mattos chegou ao América para ajudá-lo a tomar conta de questões institucionais do América, o que possibilitaria ao presidente da SAF focar na condução do projeto de sociedade anônima do Coelho.