O destino não poderia reservar um cenário mais desafiador para Jorge Sampaoli. No primeiro jogo da sua segunda passagem pelo Atlético, o argentino viverá, às 19h30 desta quinta-feira (11/9), sua estreia em clássicos mineiros, e logo em um jogo decisivo: a volta das quartas de final da Copa do Brasil, contra o Cruzeiro, no Mineirão.

Na primeira passagem de Sampaoli pelo Galo, em 2020, o treinador chegou em BH na semana do clássico pela primeira fase do Mineiro, porém, assistiu a vitória do Atlético, por 2 a 1, em um dos camarotes do Mineirão. O derby foi o único daquela temporada, uma vez que o Cruzeiro não se classificou às finais do Estadual e, posteriormente, o clube disputou a Série B do Brasileirão, enquanto o rival estava na elite do futebol brasileiro.

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O Galo chega pressionado após perder o jogo de ida, na Arena MRV, por 2 a 0, com gols de Fabrício Bruno e Kaio Jorge. Agora, precisará de uma vitória por três gols de diferença para avançar diretamente ou devolver o placar para levar a disputa aos pênaltis. O desafio é ainda maior porque a partida será disputada no Mineirão apenas com torcida do Cruzeiro.

Sampaoli, no entanto, já tem lembranças de confrontos contra o Cruzeiro. Em 2019, quando comandava o Santos, enfrentou a Raposa duas vezes pelo Campeonato Brasileiro. No primeiro turno, perdeu por 2 a 0 no Mineirão. No segundo, devolveu em grande estilo: goleada por 4 a 1 na Vila Belmiro. Após Orejuela abrir o placar para a Raposa, Sasha, Marinho, Soteldo e Eduardo Pituca viraram para o Peixe.

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O clássico desta quinta-feira (11/9) também guarda curiosidades. Éverson, hoje no Atlético, era o goleiro santista de Sampaoli naquele ano. Fabrício Bruno, que marcou na ida pela Copa do Brasil, era zagueiro cruzeirense em 2019. Já Kaio Jorge, que também balançou as redes na Arena MRV, era apenas reserva sob o comando do argentino na Vila Belmiro.

O jogo, portanto, vai além da estreia de Sampaoli em clássicos. Para o Atlético, é um duelo de sobrevivência: reverter a vantagem do Cruzeiro, encarar o peso do Mineirão lotado de azul e tentar transformar pressão em esperança de classificação. Para o treinador, pode ser a primeira grande noite de sua história em clássicos mineiros.

*sob supervisão de Alecsander Heinrick.