Uma equipe que não tem definida até hoje sua formação titular no Campeonato Brasileiro. O principal volante de marcação do elenco – Adilson – figurou no banco de reservas, um dos fatores cruciais para um meio-campo mais fragilizado na missão de conter o ímpeto dos flamenguistas. Irritação por parte de Tomás Andrade, sacado com 35 minutos de primeiro tempo. Modificações ineficazes de mudar o panorama da partida. Sucessivos erros defensivos e falta de capricho em termos ofensivos. Este foi o resumo de uma obra sombria para o Atlético, neste domingo, no estádio Maracanã.

Não faltou raça, nem vontade ou suor. Foi notório o quanto os jogadores do Galo se entregaram dentro de campo no clássico contra Flamengo a fim de alcançar um resultado positivo. Nada disso, porém, foi capaz de evitar a derrota por 2 a 1 para o rubro-negro – com gols de Willian Arão e Lucas Paquetá para os donos da casa, e Leonardo Silva anotando o tento alvinegro.

A irregularidade, condicionada a erros em demasia dos jogadores e das decisões tomadas pelo treinador, Thiago Larghi, tiraram do time a chance de galgar os lugares mais altos da tabela de classificação. A carência de qualidade em alguns setores e atletas resultam, inclusive, em um ciclo que se repete: o time tem dificuldades em jogos-chave no Brasileirão.

Isso se ilustra no desempenho perante as cinco equipes que estão à sua frente no campeonato. Os melhores resultados se deram diante do São Paulo: um triunfo em casa e um empate fora. Contra os demais, só reveses: dois para o Flamengo, um para o Inter, um para o Palmeiras e um para o Grêmio. Após 26 jogos disputados no torneio, o sexto lugar, diante de tantos fatos negativos, pode ser considerado um feito.

O jogo. Mal a bola rolou, e o Atlético sofreu um duro golpe. Logo a 1 min de partida, Trauco apareceu bem pela esquerda, passou por Emerson – um dos destaques negativos do duelo – e tocou para Willian Arão completar para as redes.

O Galo, no entanto, não se intimidou e partiu para o ataque em busca do empate. Tanta insistência foi recompensada por meio do gol de cabeça de Leonardo Silva, depois do escanteio cobrado por Luan, aos 22 min. Com o tento, o camisa 3 se tornou o maior zagueiro artilheiro da história do Campeonato Brasileiro, com 32 tentos no torneio, ultrapassando o flamenguista Réver na disputa.

No segundo tempo, porém, o Atlético pecou bastante defensiva e ofensivamente. Os erros culminaram na derrota. Maidana subiu menos que Paquetá e viu o atleta rival colocar o Fla na frente, aos 8 min. O Galo tentou o empate até o fim. Em vão.