Adversário do Cruzeiro na fase de grupos da Copa Sul-Americana, o Mushuc Runa, do Equador, anunciou nesta quarta-feira (19 de março) que conseguiu autorização da Conmebol para mandar seus jogos no Estádio Olímpico Fernando Guerrero, em Riobamba. No entanto, a mudança ainda não foi confirmada no site oficial da entidade. A equipe, que disputa o torneio continental pela segunda vez, enfrentará a equipe celeste no dia 7 de maio, às 21h30, em solo equatoriano.

Classificado após eliminar o Orense na fase preliminar do torneio, o Mushuc Runa caiu no Grupo E ao lado do Cruzeiro, do Palestino (Chile) e do Unión de Santa Fe (Argentina). De origem indígena e pouco conhecido no cenário internacional, o clube tem um estádio próprio para 8 mil pessoas, mas enfrenta problemas estruturais. Inicialmente, a equipe mandaria suas partidas no Estádio Banco Guayaquil, em Quito, porém informou que obteve autorização para jogar em Riobamba, embora a mudança ainda não tenha sido confirmada no site da Conmebol.

O Estádio Olímpico Fernando Guerrero tem capacidade para 14 mil torcedores e está localizado a 2.750 metros acima do nível do mar, um fator que pode ser um desafio para o Cruzeiro. O local é a casa do Olmedo e já vem sendo utilizado pelo Mushuc Runa na LigaPro, o Campeonato Equatoriano. Foi ali, inclusive, que o time eliminou o Orense para garantir vaga na fase de grupos da Sul-Americana.

Mushuc Runa está no grupo do Cruzeiro na Sul-Americana | Reprodução/ Instagram @mushucrunasc

Conforme apurou O TEMPO SPORTS para receber os jogos do torneio, o Mushuc Runa será responsável pela manutenção do gramado e trabalhará com a Federação de Chimborazo para adequar iluminação e vestiários às exigências da Conmebol.

O primeiro confronto entre Cruzeiro e Mushuc Runa acontece no Mineirão, às 21h30, no dia 9 de abril.

Mudança de estádio no Equador favorece o Cruzeiro?

A mudança de estádio no Equador pode até aliviar um pouco a vida do elenco do Cruzeiro, mas, na prática, a diferença não é tão grande. O Estádio Banco Guayaquil, em Quito, fica a 2.850 metros de altitude, enquanto o Estádio Olímpico, em Riobamba, está a 2.750 metros. Cem metros a menos não fazem tanta diferença assim quando o assunto é altitude, que já começa a pesar para os brasileiros a partir dos 2.500 metros.

O principal impacto para a equipe cruzeirense continua sendo o ar rarefeito, que dificulta a respiração, aumenta o desgaste e deixa a bola mais rápida. Mesmo com a mudança, o time ainda vai precisar de uma preparação especial para lidar com essas condições da partida que será disputada em abril.