Apontado como uma das promessas da base do Cruzeiro, o goleiro Vitor Lamounier, de 17 anos, acaba de viver um momento especial. Na viagem da equipe a Salvador, onde a Raposa venceu o Bahia por 2 a 0, ele conheceu um de seus ídolos na posição: Rogério Ceni.
O rápido encontro ocorreu no CT Evaristo de Macedo, do Bahia. Rogério Ceni, hoje técnico, havia acabado de comandar o treino da equipe principal. E o goleiro celeste fez questão de registrar o momento com uma foto, postada pouco depois em suas redes sociais.
Como Rogério Ceni já estava de saída, Vitor Lamounier nem pediu autógrafo ao ex-goleiro. "Nem deu tempo. Ele já estava indo embora. Pelo menos deu para fazer uma foto, o que já é bom demais!", afirmou em contato com a reportagem de O TEMPO.
O 'detalhe' é que quando Rogério Ceni parou de jogar, no final de 2015, Vitor Lamounier tinha apenas oito anos. Mas o goleiro celeste mostrou conhecer bem a trajetória de um de seus ídolos, revelando ter assistido a muitos vídeos de Ceni em ação.
"Ele era diferente, se jogasse fora do país era um dos mais respeitados da história, mundialmente. Faltou mais reconhecimento para ele, além do que já teve", destacou Lamounier.
Revelado pelo modesto Sinop, do Mato Grosso, Rogério Ceni atuou profissionalmente somente pelo São Paulo. E fez história pelo Tricolor paulista: ao longo de seus 1.237 jogos pelo clube, foi campeão Mundial, bicampeão da Libertadores e da Recopa e campeão da Sul-Americana, entre outros diversos títulos.
Além de ser um dos líderes do grupo, assumindo o posto de capitão da equipe, Rogério Ceni também tinha qualidade rara entre goleiros: marcou 131 gols em cobranças de falta ou pênalti.
Questionado se durante os treinos também 'se arrisca' em cobranças de faltas, Vitor Lamounier brincou: "Isso aí eu deixo por Rogério Ceni mesmo".
Pela seleção brasileira, Rogério Ceni estava no grupo que foi bronze nos Jogos Olímpicos de 1996, conquistou a Copa das Confederações de 1997 e a Copa do Mundo de 2002.
MAIS ÍDOLOS
Além de Rogério Ceni, Vitor Lamounier também apontou como referências outros dois goleiros que se destacaram na história do Cruzeiro: Dida e Fábio.
"Dida é monstro sagrado", afirmou Lamounier, citando ter acompanhado vídeos do ex-goleiro, que atuou pelo Cruzeiro entre 1994 e 1998.
Neste período, DIda disputou 287 partidas oficiais com a camisa celeste, tendo sido decisivo para as conquista da Libertadores 1997 e da Copa do Brasil 1996, além de quatro Mineiros (1994, 1996, 1997 e 1998), uma Copa Ouro e uma Copa Máster.
O outro goleiro citado por Lamounier foi Fábio, que segue em atividade aos 44 anos e tem sido um dos destaques do Fluminense no Mundial de Clubes da Fifa, Lamounier acrescentou: "Ele é fera demais. De outro planeta".
Em duas passagens pelo Cruzeiro (2000 e de 2005 a 2021), Fábio se transformou no jogador com maior partidas pelo clube em sua história: 976 jogos.
Pelo clube, Fábio foi bicampeão brasileiro (2013 e 2014), tricampeão da Copa do Brasil (2000, 2017 e 2018) e heptacampeão estadual (2006, 2008, 2009, 2011, 2014, 2018 e 2019).
Vítor Lamounier já treinou com a equipe profissional do Cruzeiro e chegou a ser relacionado pelo técnico Leonardo Jardim para duelo da Raposa na Copa Sul-Americana deste ano, mas ainda não estreou como profissional.
No duelo da equipe sub-20, diante do Bahia, ele ficou como opção no banco de reservas. Marcelo foi o titular da equipe.