A atual adminitração do Cruzeiro garante que a saída da parte administrativa do clube da sede do Barro Preto vem proporcionando uma economia aos cofres celestes e, em breve, também se converterá em ativos. Ao Super.FC, Edson Potsch, vice-presidente administrativo e superintendente de marketing do Cruzeiro, apontou que o clube vem finalizando detalhes para poder alugar as salas disponíveis no no luxuoso edifício com uma área total de 4,3 mil metros quadrados e dividido em oito andares, revestimento em vidros azuis laminados, espelhados e ajustados a uma torre de circulação vertical.
O aluguel estimado pode girar em torno de R$ 130 mil a R$ 180 mil por mês, com contratos chegando à casa dos milhões caso sejam estabelecidos por longos períodos, como 10 anos.
"Se a gente fala da possibilidade de receita com a locação daquele prédio da sede administrativa, que a gente já tem algumas propostas engatilhadas, temos trabalhado nisso, estamos somente verificando as questões de legalização do edifício para que aluguemos, falamos de um aluguel que gira em torno de R$ 130 a R$ 180 mil por mês. Se a gente fala, por exemplo, em um aluguel de 10 anos, teremos um resultado financeiro que poderia chegar até R$ 30 milhões", disse Edson.
"A gente vem trabalhando quanto a isso (locação da sede administrativa) e vamos divulgar no tempo correto. Existe a necessidade ainda de regularização de alguns documentos para realizar essa locação que está bem no final. Temos demandado e focado muito esforço nisso para que consigamos viabilizar isso ainda no primeiro semestre", acrescentou o dirigente.
Edson Potsch defendeu a mudança para a WeWork, ressaltando os benefícios do contrato, como a diminuição dos gastos de manutenção e outros serviços, além da economia final de cerca de R$ 1,5 milhão ao ano.
"O primeiro ponto é o formato de trabalho (sobre o porquê da mudança). Antes o Cruzeiro era muito setorizado na sede. Então cada área ficava em um determinado andar, havia um isolamento. Mas na WeWork todo mundo trabalha próximo, isso facilita, inclusive, a comunicação interna que, querendo ou não, é uma dificuldade de todas as grandes empresas. Hoje a proximidade entre as áreas facilita muito o trabalho e o convívio no dia a dia para que a gente consiga alcançar nossas metas e resultados", observou Potsch.
"Sobre a parte financeira não há dúvidas sobre isso. O nosso contrato com a WeWork fornece todos os serviços gerais, limpeza, segurança, wi-fi, toda a rede de tecnologia necessária para o Cruzeiro. Isso deixa de ser um gasto que tínhamos. A sede administrativa tinha um custo mensal de manutenção em torno de R$ 150 mil a R$ 180 mil por mês, sendo que hoje o nosso contrato do WeWork reflete um terço desses custos. Só aí já vem uma economia de R$ 1,5 milhão ao ano", completou o vice-presidente administrativo do clube.
"A gente tem uma economia muito grande, falei isso para diversos conselheiros. A partir do momento que a gente começou a explanar e explicar o porquê dessa mudança, as pessoas concordaram. Não é possível que um clube na situação que o Cruzeiro está se dê ao luxo de conviver em um prédio daquele e com o alto custo de manutenção que ele gera. Não faz sentido. E a austeridade faz parte do nosso planejamento e da nossa metodologia de trabalho. Tudo que for gerar uma economia e ser uma possibilidade de receita, a gente vai fazer", observou ainda Edson.
O porquê de não se utilizar estruturas já existentes no clube
O torcedor do Cruzeiro também se perguntou durante a mudança para a WeWork o motivo de não utilizar estruturas que o clube já possui como o Parque Esportivo do Barro Preto ou a Sede Campestre. Edson Potsch declarou ao Super.FC que a possibilidade foi aventada, mas uma análise de orçamento apontou que obras para adequar tais locais a esse tipo de estrutura poderiam gerar um custo ao clube de até R$ 3 milhões. Por isso, na análise final, a WeWork teria saído mais em conta.
"Nós fizemos vários estudos de viabilidade para saber onde conseguiríamos reduzir as despesas mensais do clube. Inclusive, nós cogitamos a possibilidade de enviarmos a sede administrativa para a Sede Campestre e também para o Barro Preto para que pudéssemos utilizar imóvel próprio. Diante da necessidade de estruturar um espaço como esse para receber um escritório administrativo do clube se mostrou inviável. Se fôssemos para a Sede Campestre, eles não possuem a parte de elétrica recomendada e adequada para um ambiente como esse. Lá não possui ar condicionado, não possui elevador que é obrigatório para PNE (portadores de necessidades especiais), quem conhece a Sede Campestre, esse local seria no segundo andar, no salão de festas. Teríamos que nos adequar para conseguir o alvará de funcionamento. Então, dentro do estudo que a gente fez, tanto para a Campestre quanto para o Barro Preto, estávamos falando de um investimento de R$ 2 milhões a R$ 3 milhões para que o clube tivesse condições de mudar para alguma dessas estruturas. Era uma coisa hipotética. Não tínhamos como fazer esse compromisso", ressaltou o dirigente.
"Não adianta a gente mudar toda a parte administrativa de um clube que tem trabalhado dia e noite para se reerguer e mudar para uma estrutura que não oferece segurança, condições nenhuma de trabalho. A gente tem que olhar o contexto como um todo e por isso que decidimos ir para a WeWork diante dessa parceria que foi firmada entre as empresas diante de uma oportunidade que entendemos ter sido a melhor para o momento", concluiu Edson Potsch.