Clássico

Galo em crise? Cruzeiro toma cuidados para aproveitar momento do rival

Raposa vive momento de alta, apresenta futebol envolvente e qualidade ofensiva, e pega o Atlético com sérios problemas e foco pouco voltado a decisão

Por Josias Pereira
Publicado em 12 de abril de 2019 | 08:02
 
 
 
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No Cruzeiro, o céu segue de brigadeiro. Invicto no ano e com dez vitórias seguidas, a Raposa é fruto de seu equilíbrio e chega, embalada, ao primeiro momento decisivo da temporada: a final do Campeonato Mineiro frente ao rival Atlético. 

A sensação do torcedor é que o Cruzeiro chega à final a 200 km por hora e se depara com um rival em baixa velocidade. Essa confiança tem seu lado benéfico. Atesta a qualidade do time, que vem provando ser extremamente confiável em ambos os setores do campo.

Na Libertadores, por exemplo, a média é de um gol a cada duas finalizações certas, a melhor marca do torneio continental ao lado do Inter. Em contrapartida, o “Footstats” aponta que pela Copa Libertadores o rival Atlético é vazado com menos de duas finalizações certas ao gol de Victor (1,8).

“Acho que é importante ter uma equipe forte ofensivamente, que vem fazendo os gols, mas a gente tem a consciência de que todos precisam se doar na marcação, evitar ao máximo os gols porque a temporada vai se afunilar, os jogos grandes vão começar a ser normais”, analisa Fábio, que ao lado do sistema defensivo celeste não foi vazado na Copa Libertadores. 

O Cruzeiro ainda pode aproveitar-se de outros fatores para, inclusive, abrir vantagem. Além da bola rolando, com as dificuldades que os alvinegros encontram contra times que propõem o jogo, o Atlético chega às vésperas da decisão com foco em diversas situações de bastidores, menos na partida em si. Um novo diretor de futebol foi anunciado. Rui Costa rompe com o trabalho que vinha sendo executado por Marques. Além disso, o time terá que lidar com um novo comando técnico, que terá que reavivar o ânimo do elenco, também envolto em conflitos internos.

Mas, como todo o clássico, o Cruzeiro não se ilude. O discurso dos atletas é de serenidade e de disputa igual contra o rival. 
“Estamos experimentados. A gente não vai analisar a situação deles, temos que analisar a nossa. Esquecer o que nós fizemos, eles também vão esquecer o que estão passando independentemente da situação de ambas as equipes. Vai ser um clássico bem difícil, como sempre foi na história. A gente vai em busca desse bicampeonato”, disse o atacante Fred, que chega ao duelo contra seu ex-time com 14 gols marcados em 14 partidas no ano.

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