Possível saída de Sassá dá chance a jovens atacantes no Cruzeiro

A dez dias para a estreia do Campeonato Mineiro, o técnico Adilson Batista tem vários problemas para administrar, e o principal deles é saber com quem poderá contar para armar o time, sobretudo, no ataque.

Em relação ao setor ofensivo do ano passado, já deixaram a Toca da Raposa II David, Pedro Rocha, Ezequiel e Joel. Fred, um dos salários mais altos da Raposa, foi autorizado a procurar outros clubes e pode pintar no Fluminense, sua antiga casa.

A próxima baixa deve ser Sassá, em negociação com o Coritiba. O atacante chegou ao Cruzeiro em 2017, contratado junto ao Botafogo, e tem salário acima do teto de R$ 150 mil estabelecido pela nova gestão.

“Ele (Sassá) tem contrato até dezembro de 2021 e a transferência seria por empréstimo de um ano. Não estava na pauta a situação do Sassá, mas como eu estava em Curitiba a gente conversou sobre esse assunto. No entanto, friso que foi tudo verbalmente, não tem nada oficializado ainda”, explica Ocimar Bolicenho, diretor executivo de futebol estrelado.

Embora seja um jogador de alto custo, Sassá nunca se firmou como titular. Entrou em campo em 80 jogos e marcou 20 gols. Caso a transferência do camisa 99 seja confirmada, Adilson terá apenas três opções para montar o ataque. Vinícius Popó, 18 anos, e Welinton, 20, dois garotos da base, além de Judivan, também revelado na Toca e retornando ao clube após dois anos de empréstimos para América, CSA, Tombense e Paraná.

O treinador cruzeirense tem ciência dos desafios para a formação e condução da equipe, mas tenta minimizar as dificuldades e valorizar as peças que seguirão no clube, especialmente os mais jovens.

“Desde que chegamos, vejo muito empenho, dedicação, muito comprometimento em busca de chegar dia 22 (contra o Boa, às 21h30, no Mineirão) e fazer uma estreia digna e honrosa, respeitando a camiseta do Cruzeiro. Temos algumas dificuldades em função de renegociar, de acertar e eu preciso entender. É um grupo que vai ser formado por jovens que têm talento, potencial”, avalia Adilson.