Evoluir na corrida é a primeira meta para quem começou a tomar gosto pela rotina de treinos. Passar da caminhada para o trote, dependendo do condicionamento e da frequência, pode acontecer com poucas semanas e, em meses, já é possível correr quilômetros de forma ininterrupta. Mas, e quando a vontade de percorrer maiores distâncias surge, o que fazer?

Segundo Guilherme Tadeu Barbosa Henriques, especialista em corrida de rua, o tempo de evolução de cada atleta, em cada modalidade, vai depender muito de cada um.  “O tempo de preparação para a prova é algo muito relativo, variando conforme o histórico e o condicionamento físico de cada competidor. Se ele tem um histórico de maratonas ou de meia, por exemplo. Então, cada caso é um caso. O ideal é que esse atleta tenha a orientação do professor, que vai juntamente com ele estabelecer uma meta”, destaca.

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Foi assim que a mineira Alessandra Barbosa Batista, a Alê, de 32 anos, foi evoluindo na corrida. E não parou por aí. Em agosto deste ano, no Rio de Janeiro, ela se aventurou também na bike e na natação e participou de sua primeira prova de Ironman: fez a distância de 70,3 milhas, o equivalente a 113 km, somando as três modalidades. 

A rotina foi puxada. Treinos diários três vezes ao dia, madrugadas acordando às 4h para prática da atividade física. Isso durante meses. "Comecei a me preparar para essa prova em abril desse ano. Segunda-feira é bike e musculação, terça-feira natação e corrida, quarta-feira pedal e natação e musculação e quinta-feira corrida e natação, sexta-feira musculação, sábado longo de bike ou longo de corrida, né? E no domingo longo de bike, um treino bem longo de bike", detalha Alê, explicando que, muitas vezes, conciliava até três treinos por dia, incluindo sessões na hora do almoço. Veja o vídeo:

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O namorado Thales Generoso, de 27 anos, também triatleta, que acompanhou de perto cada etapa, explica o "treino longo" também fez parte da rotina do casal. "Eram no mínimo três horas, e já chegou a cinco horas de treino", contou.

O resultado desse esforço, porém, foi visível na evolução. E na conquista. Alê subiu no pódio da prova do Iroman 70.3 em quinto lugar. "Estou mais resistente, mais forte, cada vez mais disciplinada e mentalmente mais focada", comemora. "Meu próximo plano é fazer outras provas de triatlo e, no ano que vem, outro meio Ironman. Este ano ainda vou disputar o All Limites, aqui em Belo Horizonte, na Lagoa dos Ingleses", projeta a agora triatleta. Veja o vídeo:

*sob a supervisão de Paula Coura.