Oscar é novamente jogador do São Paulo. Considerado um “Super Reforço” pela torcida tricolor, o meio-campista assina por três temporadas e usará a camisa 8, número que trouxe sucesso em sua passagem pelo Shanghai Port, da China. 

No São Paulo, a numeração pertenceu a Luan até o ano passado, e desde abril de 2024 vinha sendo utilizada por Giuliano Galoppo.

O argentino, que tem negociações com o Santos e é alvo também do Boca Juniors, deve deixar o clube. A diretoria ainda avalia

Retorno após litígio e indenização

O meia-atacante retorna ao clube que o formou 14 anos após tê-lo deixado em litígio.  Joia da base, Oscar entrou na Justiça para rescindir com o São Paulo no final de 2009, quando tinha 18 anos. Ele alegava que havia sido coagido pelo clube, quando tinha 16, a se emancipar para assinar contrato, além de alegrar atrasos nos pagamentos de salários e de FGTS. Havia atuado apenas um ano pelo profissional, sem marcar gols.

Ele ganhou a causa, ficou livre no mercado e foi para o Inter em junho de 2010, mas a batalha judicial perdurou por dois anos. O São Paulo reclamava que a rescisão havia sido unilateral e entrou em um imbróglio jurídico com o jogador e com o Colorado. O caso teve reviravoltas ao longo do tempo, com o meia, titular absoluto da equipe e convocado pela seleção, chegando a ficar impedido de atuar em jogos.

A "novela Oscar" se arrastou até maio de 2012, quando o São Paulo entrou em acordo com o Inter para receber R$ 15 milhões pela multa do jogador. Em troca, o time do Morumbi retirou todas as ações movidas contra o atleta e o clube gaúcho. Foi a maior transferência interna já realizada até então, com o Inter bancando cerca de 30% do valor.

Pouco depois, Oscar foi vendido pelo Inter ao Chelsea e deu início a sua trajetória de 12 anos no exterior. Ele passou quatro temporadas no time inglês antes de se transferir ao futebol chinês, onde virou ídolo e passou os últimos oito anos.

Agora, repatriado pelo São Paulo, ele volta com status de "super reforço". São Paulo declarado, ele tem a chance de reconquistar a torcida após sair pela porta dos fundos e de cumprir seu desejo antigo: de fazer mais pelo clube que o formou.

(UOL/FOLHAPRESS)