Os resultados da atual temporada mostram que seria precipitado colocar o Brasil entre os favoritos para a conquista do título do Mundial de vôlei masculino. Altos e baixos na Liga das Nações, principal torneio preparatório, mostraram como ainda é necessário para que o time atinja um outro patamar e tenha reais condições de título.

O histórico não conta muito neste momento. Não entrarão em quadra os três títulos de 2002, 2006 e 2010, além do vice de 2014. A máxima de que “o que vale é o momento” coloca a seleção com a necessidade de fazer por onde para vencer e convencer. O time estreia nesta quarta (12), às 14h30 (horário de Brasília), contra o Egito, em Ruse, na Bulgária.

“O primeiro jogo sempre tem o peso e a tensão da estreia. Acredito que temos que entrar desde o pré- jogo no nosso nível máximo de concentração. Em uma competição como essa, independentemente do adversário, esta é a forma como o time deve se comportar, desde o primeiro ponto de jogo”, comenta o central Isac.

Começar com o pé direito e aproveitar que estará diante de um time que não deve exigir como outros é a primeira ordem antes de jogos que prometem novas dificuldades. “Dentro desta fórmula de disputa, toda vitória é muito importante para classificar. Começar vencendo contra uma equipe não favorita ajuda a ganhar confiança”, indica o central Éder.

Já na primeira chave, o Brasil vai encarar a França, cotada entre as maiores potências da atualidade. Confrontos contra Canadá e Holanda prometem dificuldades. Diante dos holandeses, recentemente, o Brasil venceu três jogos em casa, antes de vencer um e perder outro para a Alemanha, time que está longe da lista de principais candidatos.

“Acredito que nossa seleção é uma das que mais pode crescer durante a competição. Evoluímos muito desde a Liga das Nações e temos espaço para crescer. Ao fim dessa primeira fase, a equipe já deve estar pronta para jogar na sua melhor forma”, reforça Éder.

 

Renal Dal Zotto espera time forte desde o início do torneio

Uma árdua missão aparece para a dupla de ponteiros titulares, que pode ser formada por Kadu e Lipe, substituindo os lesionados Lucarelli e Maurício Borges. As últimas semanas serviram para ajustes finais. “Tivemos um bom período de treinos, creio que vamos nos apresentar física e taticamente mais bem estruturados. Chegamos no Mundial da melhor maneira, dentro das nossas possibilidades”, comenta o técnico Renan Dal Zotto.

“Será um campeonato extremamente difícil, precisaremos ir forte desde a primeira rodada para buscar ir crescendo. A ideia é chegar bem na reta final e, quem sabe, em condição de disputar um título”, salienta.

Se as coisas caminharem bem nas primeiras rodadas, o Brasil pode ganhar uma força que será aliada na sequência. “Teremos muitas dificuldades. O Mundial é uma competição longa onde cada fase se torna mais difícil. Treinamos muito para chegar aqui e estamos preparados para decidir”, reforça Isac.

Agenda

Jogos do Brasil:

Quarta-feira - 12/9

14h30

Brasil x Egito

Quinta-feira - 13/9

14h30

Brasil x França

Sábado - 15/9

14h30

Brasil x Holanda

Terça-feira - 17/9

14h30

Brasil x Canadá

Quarta-feira - 18/9

11h

Brasil x China

Os quatro melhores se classificam