A vitória da seleção brasileira masculina de vôlei nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru, serviu para deixar para trás a ansiedade da estreia. Diante do México, o time do técnico Marcelo Fronckowiak venceu por 3 a 1 para começar com o pé direito e já começar a pensar no Chile, adversário que foi enfrentado na noite desta quinta-feira.
Mesmo apresentando dificuldades em alguns fundamentos, a vitória veio para superar a falta de entrosamento que mostra-se visível em muitos momentos.
O time verde-amarelo passou por 3 a 1 (25/18, 22/25, 25/16 e 25/17) para assumir a liderança do grupo e encaminhar sua classificação para a semifinal marcada para este sábado. Assim como no primeiro jogo, o oposto Abouba foi o destaque brasileiro com 19 pontos, mostrando precisão nas viradas de bola.
Pontos de atenção
Uma das certezas da equipe nacional é a necessidade de evoluir e apresentar maior consistência para a hora decisiva que virá em breve. Foi somente nos dois últimos sets que o jogo brasileiro encaixou.
Nesta sexta-feira, chega a vez de encarar os Estados Unidos, às 22h30, com transmissão do Sportv2 e da Record. Uma vitória mantém o Brasil na primeira posição, esperando o segundo colocado da outra chave.
O jogo
Contra um time que havia surpreendido os Estados Unidos no dia anterior, também em vitória por 3 a 1, todo cuidado era pouco. A ideia era vencer por 3 a 0 e somar cinco pontos, colocando um pé e meio na próxima fase.
O critério de pontuação do torneio continental difere do padrão internacional, com vitórias por 3 a 0 valendo cinco pontos e não três como acontece em todos os outros torneios do planeta. Depois de perder o segundo set, a meta de cinco pontos ficou pelo caminho, com a vitória sendo a mais nova prioridade.
Os destaques
Assim como no primeiro jogo, o ponta Rodriguinho, do Sada Cruzeiro, e o central Pinta, do Fiat-Minas, foram escalados como titulares. Ainda oscilando, com saque e bloqueio deixando a desejar, o time brasileiro passou por um time formado por jogadores semi-profissionais.
Apesar da diferença de realidade entre os jogadores, os chilenos mostraram porque incomodaram os norte-americanos, com boa postura defensiva e o ataque calibrado em boa parte do duelo.
Set a set
O primeiro set do Brasil foi mais regular, com o Chile dando pontos de graça e facilitando o trabalho do time amarelo. Depois de equilíbrio até metade da parcial, na reta final o adversário do Brasil caiu de rendimento, saindo atrás no placar.
No segundo set, o Brasil fez lembrar o que havia acontecido no terceiro set contra o México. Com dificuldades na virada de bola e tendo seu bloqueio e saque pouco eficientes, foi dada a deixa para o Chile gostar do jogo e ganhar confiança. O time de vermelho aproveitou as brechas para empatar o jogo e fazer um ponto ficar pelo caminho.
O Brasil precisaria melhorar para evitar uma surpresa ainda maior. O terceiro set foi a hora de menos erros e mais agressividade, que surtiram efeito. Conseguindo descolar do placar desde os primeiros minutos, o jogo fluiu com mais naturalidade. Bastou manter a diferença aberta para voltar a estar na frente do placar e ficar a um set do triunfo.
No quarto set, o Brasil encontrou seu melhor momento na partida. Mais vibrantes e bem postados na defesa, os favoritos pressionaram os chilenos, que se viram em situação complicada.
Repetindo a dose da etapa anterior, quando abriu diferença para jogar mais solto, o Brasil não deixou o ritmo cair para 'matar' o jogo e manter sua invencibilidade no Pan.
O que precisa?
A classificação parece ser questão de horas contra um EUA que foi para Lima com uma equipe de universitários. A partida será mais uma chance para um jogo mais regular, que dê confiança para uma semifinal que não permitirá altos e baixos.