Em um momento tão importante de definição de título, todo e qualquer detalhe faz a diferença. A força do banco de reservas pode ser um destes fatores, mesmo com os suplentes podendo passar longe de serem considerados detalhes. Na final da Superliga masculina de vôlei entre Sada Cruzeiro e Fiat Gerdau Minas, os jogadores que não são considerados titulares podem ter uma influência importante no resultado final.

No domingo, às 10h10, os rivais fazem o terceiro e último jogo da final, no ginásio do Sabiazinho, em Uberlândia, com transmissão da Rede Globo, do Sportv2 e do Canal Vôlei Brasil.

A importância do elenco falou alto para o Minas no último domingo, quando o time de BH empatou a série. Foi com alguns dos nomes que não começaram o jogo que o Minas buscou a virada após estar perdendo o tie-break por 13 a 10. 

"A nossa equipe chegará no terceiro jogo com tudo que tem e mais um pouco. Agora é a hora da superação, de deixar tudo que temos dentro de quadra", destaca o técnico Nery Tambeiro.

Entre os destaques, o ponta Arthur Bento, de apenas 17 anos, que entrou no lugar de Leozinho para melhorar o passe e a virada de bola. O jogador entrou ainda no quarto set, ganhou confiança na parcial que acabou sendo vencida pela Cruzeiro antes de dar conta do recado na última parcial. Mesmo 'caçado' no saque, ele não comprometeu.

Outro nome importante que entrou no tie-break foi do levantador Everaldo. O jogador teve boa passagem pelo saque em momento de definição do jogo, ajudando com sua experiência de anos dentro do vôlei. Ao seu lado, o cubano Sanchez aumentou o poderio da rede, voltando a mostrar a qualidade que o fez ser o dono da posição, nos jogos anteriores, com a ausência de Leandro Vissotto.

"Já fizemos essas mudanças de levantador e oposto muitas vezes durante a Superliga. Na maioria das vezes, sempre deu bons resultados. Fomos felizes na inversão do 5 x 1 (substituição entre levantadores e opostos) e na troca de um ponteiro para melhorar o passe. Como era final e fecharia a série, o resultado positivo teve um peso maior. Fico feliz por estar a caminho do terceiro jogo, esse é o melhor dos sentimentos", pontua Nery. 

O central Kelvi, de apenas 20 anos, foi escalado como titular nos dois primeiros jogos da final. Até então, o jogador foi um reserva permanente, sendo chamado no jogo 1 para substituir o lesionado Pinta. No jogo 2, com Pinta recuperado, a tendência era de Juninho ser mantido no sexteto inicial.

O técnico Nery Tambeiro surpreendeu ao manter Kelvi no time titular, deixando Juninho no banco e vendo o jogo meio-de-rede dar muito trabalho para o Sada Cruzeiro, que certamente estará mais atento os perigos do elenco do Minas no jogo de tudo ou nada do próximo domingo.