Melhor jogador da última Superliga Masculina, o ponteiro López, do Sada Cruzeiro, segue em alto nível nesta temporada. Principal marca do cubano, a potência do saque o mantém como líder no ranking de aces da competição, com 29, sete a mais do que o segundo colocado, Felipe Roque, do Vôlei Renata.
Mas nem só de saques vive um ponteiro, que, quando a bola está em jogo, precisa participar do passe e do ataque. Essa polivalência é um desafio até para grandes atletas da função, que raramente têm eficiência semelhante nos dois fundamentos.
O cubano admite: quando chegou ao time celeste, na temporada 2020/21, dar bons passes não era uma de suas características mais exaltadas. Ele ressalta, porém, a evolução com o decorrer dos treinos na Raposa nessa e em outras ações de jogo.
"Aprendi a passar melhor, a ter mais estabilidade no saque e no ataque, estou bloqueando mais e fazendo um monte de coisas que, quando cheguei, não fazia. Eu não era um cara que passava quando estava na Argentina. Aqui, já tenho essa confiança e habilidade, já não erro tanto como há dois anos", analisou López, em entrevista ao podcast Bora Pra Resenha.
O desenvolvimento das habilidades pode ser ilustrado com os prêmios individuais conquistados pelo ponteiro. Além de melhor da Superliga 2021/22, recebeu o mesmo prêmio no Mundial de 2021 e no Sul-Americano de 2022.
Futuro
No podcast, o ponteiro, de 25 anos, afirmou que vir para o Sada Cruzeiro "foi uma das melhores decisões" que tomou na vida. Entretanto, também pensa em trabalhar no exterior. "Sempre falei que queria chegar ao vôlei europeu para fazer a diferença. Lá está a maioria dos melhores jogadores", explicou.
"Por isso, tomei a decisão de ficar três temporadas na Argentina e vir para cá, fazer sucesso, começar a ganhar, a tomar boas decisões, a ter tranquilidade nos momentos mais difíceis do jogo. Quando sentir que estou preparado, irei para a Europa", completou o cubano.