O Sada Cruzeiro vem se mostrando um visitante um tanto quanto indigesto na Superliga. Jogando fora de casa, o atual campeão nacional tem 80% de aproveitamento, tendo jogado longe da capital mineira em cinco oportunidades e vencido quatro. A única derrota foi contra o Blumenau, no ginásio Galegão, em Santa Catarina.

O retrospecto positivo da campanha como visitante será muito importante na sequência da temporada. Para os nove jogos restantes na Superliga, o time celeste vai jogar em casa três vezes e seis vezes fora. O primeiro desafio é já neste sábado (21), quando enfrenta o Suzano, em São Paulo.

Na Copa Brasil, o time também terá que jogar longe da torcida. O primeiro confronto, válido pelas quartas de final, será no Riacho, contra o Araguari, mas toda a fase final, caso o time se classifique, será em Jaraguá do Sul, em Santa Catarina.

O bom desempenho fora de casa pode vir a ser útil para o time celeste conquistar o último troféu que ainda não conseguiu na era Filipe. Desde que o técnico assumiu, há pouco mais de um ano, o Sada Cruzeiro foi campeão do Sul-Americano, Mundial, Superliga, Campeonato Mineiro e Supercopa, ficando pelo caminho somente na Copa Brasil.

Final em jogo único e possivelmente longe de casa

Na temporada passada, o Sada Cruzeiro foi campeão da Superliga com a segunda melhor campanha da fase classificatória. O vice-campeão Minas, que segurou a liderança, teve a chance de ser o mandante em duas das três partidas decisivas. A decisão do clube minastenista foi organizar o torneio no Sabiazinho, em Uberlândia, e a torcida celeste que compareceu em peso pôde ver o time ser campeão pela sétima vez, mesmo jogando 'fora de casa'.

Para esta temporada, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) anunciou mudanças no regulamento, e a final, que antes era organizada em esquema 'melhor de três', agora será em jogo único. Além disso, a CBV será detentora dos direitos de organização da partida, podendo escolher onde a final será realizada, podendo ser, ou não, nas casas dos times finalistas.

O mesmo foi observado na Superliga feminina da última temporada, na qual a CBV organizou os dois jogos decisivos em Brasília, bem longe de Minas Gerais, estado dos finalistas Gerdau Minas e Dentil Praia Clube.