Maria da Penha, de 60 anos, teria sido estuprada antes de ser assassinada pelo companheiro dentro de casa, no bairro Vila Iris, em Santa Luzia, na Grande BH. A informação foi confirmada nesta quinta-feira (10/7) por familiares da vítima, que disseram ter sido informados do fato pela perícia. Além da violência sexual, Maria teve as mãos amarradas para trás e provavelmente foi morta com um corte na garganta.

“Quando a encontramos, ela estava deitada debaixo da cama, com as mãos amarradas. A perícia confirmou que havia sêmen nela. É uma crueldade que não dá pra descrever”, relatou, revoltado, o cunhado Samuel Alexandre dos Santos, motorista de aplicativo.

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O corpo da cozinheira foi velado na manhã desta quinta-feira (10/7) na Igreja Bola de Fogo, onde amigos, parentes e clientes de sua tradicional barraca de comida prestaram as últimas homenagens. O clima era de comoção e revolta. 

Segundo os familiares, Maria da Penha vivia há cerca de seis anos com Isaque Trindade, de 40 anos, que já havia tentado matá-la anteriormente. Após anos em São Paulo (onde teria se envolvido em outro homicídio) ele voltou para Minas em 2023, prometendo que havia mudado. Ele teria acreditado, mas, na última sexta-feira (4), o casal teve uma briga por causa de um celular. Nos dias seguintes, Maria parou de ser vista.

Isaque chegou a fingir preocupação e participou das buscas, mas, na quarta-feira (9), confessou o feminicídio à Polícia Civil. O corpo de Maria foi encontrado com sinais claros de violência. Ela foi enforcada, violentada sexualmente, teve as mãos amarradas e a garganta cortada.

O caso segue sob investigação e Isaque está preso. A família exige justiça. “Espero que ele apodreça na cadeia. Não tem como perdoar uma monstruosidade dessas”, finalizou Samuel.

Em nota, a PCMG não confirmou a violência sexual porque aguarda a finalização dos laudos periciais para confirmar a causa da morte.