“Um menino super educado, tranquilo e inteligente.” É assim que Juarez Coelho da Silva vai se lembrar do sobrinho e afilhado, Pedro Lucas Moraes Coelho de Moura, de 12 anos. O garoto morreu após ser atropelado enquanto fazia uma caminhada com o pai na avenida Olinto Meireles, na região do Barreiro, em Belo Horizonte, na noite dessa segunda-feira (14/7). Pedro foi sepultado em Santa Luzia, na Região Metropolitana, na tarde desta terça-feira (15/7).
“Não é porque era meu sobrinho e afilhado, mas o Pedro foi uma criança que sequer se envolvia em brigas. Sempre foi muito na dele. Gostava de videogame, do celular e de brincar com outras crianças. Era um menino da paz”, disse Juarez.
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Em meio à dor da perda, o familiar recorre à fé para buscar consolo. “Sabemos que um dia vamos partir, mas não sabemos quando e de que forma será. Temos que aproveitar a vida e todos os momentos dela. Ficam as boas lembranças e a certeza de que Deus vai nos ajudar a passar por essa tragédia”, afirmou.
Antes de sair para caminhar com o pai, Pedro passou o dia brincando com outras crianças no condomínio onde morava com os pais, segundo contou o padrinho.
“A partida é muito difícil, ainda mais da forma como foi. A avó dele, por exemplo, dizia pra gente que agora não vai mais ouvir o neto chamá-la de ‘vovó’. A mãe falou que a vida perdeu o sentido. Mas a vida continua”, desabafou Juarez.
Familiares e amigos se despediram na tarde desta terça-feira (15) de Pedro Lucas, de 12 anos, que morreu após ser atropelado por um carro desgovernado enquanto caminhava com o pai na avenida Olinto Meireles, no Barreiro, em Belo Horizonte. O velório ocorreu no início da tarde, e… pic.twitter.com/u3o41hxF94
— O Tempo (@otempo) July 15, 2025
Ele relembrou também o que disse à mãe do afilhado ao receber a notícia da morte do menino: “Comentei com ela que Deus nos deu um presente chamado Pedro e que agora precisou retirá-lo do nosso convívio. Precisamos agradecer ao Criador pelo tempo que tivemos ao lado do nosso querido Pedro”.
O padrinho comentou ainda sobre a fiança paga pelo motorista que atropelou Pedro, o pai dele e outra pessoa. “É triste ver que colocam um preço na vida. Confesso que só agora fiquei sabendo disso. Essa prática precisava ser revista, mas, infelizmente, os políticos, que deveriam olhar por nós, não se interessam. Enquanto isso, seguimos buscando forças em Deus”, concluiu.