Quatro cuidadoras foram indiciadas pela morte de um auditor fiscal aposentado, de 62 anos, na cidade de Juiz de Fora, Minas Gerais. A Polícia Civil (PCMG) apurou que as mulheres desviaram cerca de R$ 2 milhões do idoso ao longo de quatro anos — elas podem responder por estelionato, associação criminosa, desvio de dinheiro e maus-tratos com resultado morte.

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'Condições insalubres'

De acordo com a PCMG, além dos desvios financeiros, as cuidadoras mantinham a vítima em condições insalubres e sem alimentação adequada. O idoso faleceu em julho deste ano, em um hospital público da cidade, em decorrência de infecção generalizada.

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"Conforme apurado pela Polícia Civil, as retiradas indevidas de dinheiro resultaram na perda do plano de saúde do idoso por falta de pagamento. Ao procurar atendimento em um hospital particular, ele descobriu que o convênio havia sido cancelado e precisou ser transferido para a rede pública", relatou a instituição.

Penas podem ultrapassar 30 anos de prisão

O delegado responsável pelas investigações, Rodolfo Rolli, ressaltou que "ficou comprovado o estelionato contra o idoso, além de associação criminosa, desvio de recursos com base no artigo 102 do Estatuto do Idoso e maus-tratos com resultado morte". Rolli acrescentou que as penas podem ultrapassar 30 anos.

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"A Polícia Civil também solicitou à Justiça a prisão preventiva das quatro investigadas, o sequestro de bens móveis e imóveis, além do bloqueio de movimentações financeiras das suspeitas e de familiares", disse a PCMG.

As investigadas respondem ao processo em liberdade até decisão judicial.