O Cruzeiro venceu novamente, mas, mais uma vez, enfrentou dificuldades para conseguir sair de campo com a vitória, nesta terça-feira (28), por 1 a 0 sobre o Villa Nova, no Mineirão, pelo Campeonato Mineiro.
Na entrevista coletiva após a partida, o técnico Adilson Batista foi parabenizado pela segunda vitória seguida, mas questionado sobre as dificuldades e a decisão de jogar sem centroavante no segundo tempo, após sacar Judivan. E, para se defender, o treinador usou a lendária seleção brasileira de 1970 e o Barcelona de Pep Guardiola.
"Tivemos algumas dificuldades no primeiro tempo em função dos muitos erros de passes. Não aproveitamos os espaços. Nosso volume de jogo foi prejudicado por isso. Tive uma ideia de abrir os dois no segundo tempo e deixar dois meias. Tivemos mais de 70% de posse de bola no segundo tempo e criamos mais chances de gols e tivemos algumas oportunidades de marcar gols. O volume de jogo no segundo tempo foi melhor, independente de ter ou não a figura do '9'. Mas, volto a dizer, o Brasil de 70 e o Barcelona, melhor time que vi no mundo, não tinham 9 também e, às vezes, não tem essa figura", destacou Batista.
"Hoje nós tivemos o Judivan e tivemos dificuldades. Não é questão de ter ou não o '9'. Precisamos ter o posicionamento certo. Infelizmente, no primeiro tempo nós erramos muitos passes e foi o que eu cobrei no intervalo. A saída do Judivan foi uma decisão tática. Tendo dois meias, dois abertos e deixando dois zagueiros, nós tivemos 73% de posse de bola. Só faltou rolar para trás. Não é questão de ter a referência. Às vezes, a gente precisa respeitar gosto, e eu gosto de jogar, não do paredão que fica trombando, disputando bola. Eu tenho um estilo de jogo e atleta que acho interessante. Tem que respeitar. Nada contra o Judivan nem contra o Popó, mas é decisão", completou.
O Cruzeiro lidera o Campeonato Mineiro com seis pontos, mesma pontuação do Atlético, que está na frente nos critérios de desempate e nesta quarta-feira (29) enfrenta o Coimbra, no Independência.