O volante Ederson e o atacante David “sumiram” na tarde desta quinta-feira. Os dois jogadores eram aguardados para o treinamento na Toca da Raposa II, mas não compareceram e nem apresentaram justificativa. A diretoria estrelada tentou contato com ambos, contudo, sem sucesso.
A explicação para a ausência é a decisão de Ederson, que acionou o Cruzeiro na justiça requerendo a rescisão de contrato. O clube está devendo três meses de salários aos jogadores, além de não ter pago o 13º e outras verbas trabalhistas. David, por sua vez, negocia a transferência para o Fortaleza.
Ocimar Bolicenho, recém-empossado diretor de futebol da Raposa, afirma desconhecer o fato. Ele disse que vai aguardar o desdobramento do episódio para, então, posicionar-se a respeito.
No entanto, uma pessoa ligada ao Núcleo Dirigente Transitório do Cruzeiro confirmou que o clube já foi notificado sobre o processo e os detalhes serão conhecidos nesta sexta-feira.
“Não estou sabendo que o Ederson entrou na justiça. Vamos esperar amanhã (sexta-feira) para tomar conhecimento. Tentamos contato com eles (Ederson e David) o dia inteiro e não houve retorno. Temos uma reunião marcada com o André Cury amanhã (sexta) e devemos tratar de todos esses assuntos”, respondeu Bolicenho.
Caso Ramon
Além do imbróglio envolvendo Ederson e David, o diretor de futebol terá de resolver outro caso embaraçoso, no encontro desta sexta-feira. O zagueiro Ramon, também representado por Cury, assinou pré-contrato na gestão passada e terá de rediscutir as cláusulas acordadas.
Isso porque o salário oferecido ao jogador do Vitória pela administração do ex-presidente Wagner Pires de Sá está acima dos R$ 150 mil estipulados pela Raposa.
Nessa quarta-feira, inclusive, o jogador viveu situação inusitada na Toca. Ele se apresentou para treinar e, durante a atividade, foi chamado para conversar com Bolicenho e Benecy Queiroz, supervisor de futebol, justamente para tratar das divergências entre o que foi oferecido e o que o clube pode assumir.