As denúncias feitas contra a diretoria cruzeirense, que fizeram mandados de busca e apreensão serem emitidos nos últimos dias, é apenas uma mostra da delicada situação financeira e administrativa que o clube vive.
Apesar de contar com uma folha salarial das mais altas do país, o Cruzeiro enfrenta dificuldades para manter as contas em dia, uma realidade vivida por vários clubes brasileiros. Levantamento do site globoesporte.com enumerou aspectos que a diretoria tem enfrentado nos últimos anos, com influência da gestão anterior, comandada por Gilvan de Pinho Tavares. As premiações com títulos nos últimos anos, como do Campeonato Brasileiro e Copa do Brasil não tem sido suficiente, tamanho o 'rombo' nas contas celestes
Conheça os principais:
- Atual presidente Wagner Pires de Sá aumentou a folha salarial, a segunda maior do país. O problema é o clube não tem a segunda maior arrecadação. Gastos administrativos também aumentaram.
- Pires de Sá ignorou indicações feitas pela consultoria Ernst & Young. A empresa forneceu proposta de reestruturação do clube, que acabou não acontecendo.
- Dívida de R$ 256 milhões a ser paga em 2019. Receita está na casa dos R$ 230 milhões.
- Trocou empresa de auditoria, substituindo BDO pela Oliveira Mendes Auditoria e Assessoria. Esta empresa é de Frederico Yuri Abreu Mendes, contador que auditara o balanço referente a 2017, e muitas informações da BDO não foram citadas.
- Cerca de R$ 90 milhões em dívidas trabalhistas, sem considerar as que foram ocultadas do balanço. Esse tipo de endividamento pode gerar penhoras e bloqueios na Justiça.
- Cerca de R$ 160 milhões em dívidas com clubes e agentes. Podem gerar punições esportivas como perda de pontos.
- Empréstimos bancários na casa dos R$ 90 milhões.