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Presidente do Cruzeiro confirma pagamento da dívida na Fifa por Pedro Rocha

Clube poderia ser punido com o impedimento de registro de atletas

Por Josias Pereira
Publicado em 06 de agosto de 2020 | 17:22
 
 
 
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Em sua 11ª live como presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues anunciou o pagamento da dívida relativa ao atacante Pedro Rocha junto ao Spartak de Moscou, avaliada em R$ 2,4 milhões (395.619,00 euros). A informação foi confirmada na abertura da live, com um vídeo do dirigente assinando o documento de quitação de débito. 

"A TED já está feita, assinada, eu não sei se chegou lá na Rússia, já está tarde, o sistema é eletrônico, mas demora um pouco. Mas ainda bem que mais um problema da Fifa está resolvido", disse o dirigente

Durante a tarde desta quinta-feira, muitos boatos surgiram na internet sobre a origem do dinheiro para efetuar o pagamento, relacionando a quitação com o Banco BMG, de Ricardo Guimarães, ex-presidente do arquirrival Atlético, mas um apoiador conhecido do futebol mineiro. Em reportagem, o Super.FC já adiantava que o pagamento não tinha contado com nenhum apoio do BMG. Sérgio Santos Rodrigues confirmou a informação e ressaltou que o apoio veio de parceiros tradicionais, como Pedro Lourenço, do Supermercados BH. 

"Eu vi que a torcida puxou muito movimento hoje na rede social, falando, inclusive, do banco BMG, mas não foram eles que nos ajudaram. O Cruzeiro tem um patrocinador, uma instituição financeira, eu pessooalmente gosto muito, sou amigo do Ricardo Guimarães, deixo meu abraço a ele, mas quem ajudou o Cruzeiro foram os produtos que estamos fazendo e pessoas muito importantes para o clube. Dois deles estão na tela já, que são o Pedrinho (Pedro Lourenço) e o Régis Campos. Já é a quarta dívida que resolvemos em 65 dias que chegamos", disse o dirigente, que destacou o auxílio do Supermercados BH, de Pedro Lourenço, e a construtora Emccamp. 

Além da situação por Pedro Rocha, o Cruzeiro conseguiu acordar com o Independiente Del Valle o parcelamento da dívida referente ao zagueiro Caicedo. O débito de US$ 674.502,00 (cerca de R$ 3,6 milhões) e mais uma segunda ação de cifras maiores que não foram reveladas, foi dividido em 18 vezes. O clube também conseguiu um acordo com o Tigres, do México, em relação à transferência de Rafael Sóbis, um débito no valor total de R$ 17,2 milhões; e ainda quitou parte da dívida com o  Zorya, da Ucrânia, pela vinda do atacante Willian 'Bigode', cerca de R$ 3,5 milhões com o auxílio do Supermercados BH.

De acordo com o presidente Sérgio Santos Rodrigues, o Cruzeiro precisa para esse ano ainda o valor de R$ 30 milhões para pagamento de dívidas na Fifa. A venda da Campestre II poderá abater metade dessas cifras.

A dívida mais preocupante segue sendo a que envolve o volante Denílson. O clube tem que pagar 850 mil euros (R$ 5,3 milhões) ao Al-Wahda para evitar que seja punido com o descenso para a Série C do Brasileiro.O presidente do Cruzeiro, no entanto, garante que o time não sofferá a punição aventada e já trabalha na venda da Campestre II para efetuar o pagamento junto ao Al Wahda. 

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