Foi de forma improvisada que o surfista brasileiro Ítalo Ferreira participou de bateria válida pelos Jogos Mundiais de Surfe, que acontecem no Japão. O torneio vai decidir vagas para a Olimpíada de Tóquio, no ano que vem, para representantes da Ásia, África, Europa e Oceania.

Depois de ter seu passaporte furtado na última semana nos Estados Unidos, fato que gerou até campanha na internet para tentar localizar o documento, Ítalo viu sua viagem para o Japão sofrer atraso. Sem poder desembarcar em Tóquio, por conta de um tufão, ele aterrisou em Nagasaki e nem esperou sua prancha aparecer na esteira do aeroporto. Sua chegada na praia de Miyazaki aconteceu quando a bateria já havia começado. 

Sem muito tempo, ele foi pra água de bermuda jeans e acabou superando os adversários para avançar de fase. “Os juízes nem viram que entrei na água, não havia bandeira de prioridade para mim. Comecei com a prioridade quatro e consegui pegar as ondas com esta bermuda e a prancha do Filipe Toledo. Tudo parecia perdido para mim, mas no final as coisas deram certo”, disse Italo, ao site 'Dukesurf'.

Também participam do torneio os brasileiros Filipinho e Gabriel Medina, além de Kelly Slater. Para os surfistas do continente americano, as vagas para Tóquio 2020 acontecerão através dos Jogos Pan-Americanos (um homem e uma mulher), do Mundial de surfe de 2019 da WSL (dez homens e oito mulheres) e dos Jogos Mundiais de surfe de 2020 (quatro homens e seis mulheres).